segunda-feira, 7 de novembro de 2011

A Criação de um novo Bairro


Disputada na Justiça, área nobre é pivô de uma briga de R$14,7 bilhões


Ao lado do prédio onde era a sede do Jockey, estão os contêineres de uma empresa que funciona no local e aluga os equipamentos (Fotos: Breno Fortes/CB/D.A Press - 26/10/11)
Ao lado do prédio onde era a sede do Jockey, estão os contêineres de uma empresa que funciona no local e aluga os equipamentos


A 10 quilômetros da rodoviária de Brasília, um terreno equivalente a 30 superquadras do Plano Piloto, vizinho a Vicente Pires e com acesso pela EPTG ou pela Estrutural, é explorado por empresários e famílias que aproveitam uma pendência na Justiça para usufruir de área nobre e bem localizada, onde até a água e a luz ficam penduradas na conta do governo. No espaço de 210 hectares — ou 2,1 milhões de metros quadrados —, funcionava o antigo Jockey Club de Brasília. A sociedade acabou há mais de  uma década, a propriedade do lote — uma doação oficial — voltou para o governo em 2004, mas até hoje a Companhia Imobiliária de Brasília (Terracap) não conseguiu reaver a posse do lugar. Enquanto isso, pagando preço de banana, alguns poucos privilegiados conseguem manter negócios em uma terra que vale ouro. Se for transformado em um bairro residencial, por exemplo, o terreno pode movimentar estimados R$ 14,7 bilhões em negócios.

Visto do alto, o descampado onde era o Jockey parece uma área perdida no tempo em uma cidade que precisou expandir-se exponencialmente — na última década, a população do DF aumentou em 600 mil pessoas. A gleba que alterna terra batida  com mato alto, além de poucas construções decadentes, contrasta com o amontoado de casas de Vicente Pires e da Estrutural, vizinhas ao lote onde era o antigo clube. Aparentemente ocioso, o espaço, no entanto, virou sede de pelo menos quatro negócios que, segundo sustenta a Terracap na Justiça, funcionariam clandestinamente.

As baias instaladas na área são fonte de renda dos tratadores de cavalos
As baias instaladas na área são fonte de renda dos tratadores de cavalos


Na propriedade em litígio atua uma importadora de pneus, uma cooperativa que faz a matéria-prima para mangueiras, além de uma firma que aluga contêineres. Não é só. Tratadores de cavalos remanescentes da época em que o clube foi criado para sediar corridas ainda nas décadas de 1960 e 1970 moram até hoje no local. Esses cuidadores se instalaram no lugar, construíram suas residências, se casaram e tiveram filhos. Muitos deles permanecem na área. Trinta e seis famílias vivem do aluguel de baias para abrigar animais de empresários, funcionários públicos e até de policiais militares, que também se aproveitam das pendengas judiciais para pagar uma pechincha pelos serviços.

A Atlântico Sul Pneus é uma das empresas com endereço no Jockey. Em funcionamento desde 2007, a firma aluga o prédio que era usado pela administração do clube, logo atrás da arquibancada de onde os apreciadores de corrida assistiam às competições. O lugar, um edifício azul desbotado de pé-direito alto, reúne os escritórios da importadora e também o galpão de mil metros quadrados, onde são estocados os pneus.

O depósito foi um achado. Os donos da firma pagam apenas 60% do valor de mercado, oportunidade que encontraram anunciada em jornal. “Quando a gente decidiu montar o negócio, o aluguel no Jockey era imbatível. Não sabia que tinha essa briga na Justiça. Aí, quando veio a Terracap querendo o lugar, a gente começou a tentar um lote no Pró-DF. Conseguimos e daqui a um tempo vamos nos mudar para lá”, explicou Anna Câmara, uma das sócias da importadora.

Ao lado da Atlântico Sul Pneus funciona a Contenge Engenharia Locações, que usa parte do terreno do Jockey para recauchutar contêineres que a empresa aluga. No dia em que a reportagem esteve no endereço, dois funcionários da empresa lavavam as estruturas metálicas, que estavam dispostas a céu aberto. Ao lado, um grupo de uma cooperativa da Estrutural se dividia na reciclagem de lixo usado para fazer mangueira. Ali, o material que chega em carretas é separado e processado em caldeiras fumegantes para a reprodução da borracha.

Briga
Os empreendedores que exploram o local se negaram a dizer quanto pagam para funcionar no terreno do Jockey. Mas tanto os representantes da Atlântico Sul quanto integrantes da cooperativa confirmaram que os valores são repassados a Fernando Mattos, veterinário que briga na Justiça pela posse da terra. Um dos sócios do antigo clube, ele é quem administra os negócios arrendados em área pública, como consta no registro em cartório. Representantes da Contenge não quiseram falar sobre o assunto.

Em 2002, uma decisão da 6ª Vara de Fazenda Pública do DF revogou a doação do terreno ao Jockey por descumprimento de contrato. Na época, o juiz Esdras Neves de Almeida considerou que, pela “acurada análise do feito, tem-se como inequívoco o descumprimento pelo réu dos encargos a que livremente se submeteu quando da doação do bem”. Esdras referia-se à acusação da Terracap, que naquela época denunciou o Jockey por fracionar a área em oito unidades imobiliárias e arrendá-las, o que configura desvio de finalidade, segundo as obrigações contratuais.

O Jockey recorreu da decisão e em 2004 o TJ negou o recurso de apelação do clube, confirmando o ganho da causa à Terracap. Em segunda instância, o tribunal negou embargo declaratório proposto pelo Jockey e manteve, por unanimidade, a decisão que prevê a devolução do terreno à estatal. Em maio de 2009, quando o governo se preparava para fazer uma operação de desocupação da área, o veterinário Fernando Mattos conseguiu uma liminar da 5ª Turma Cível do TJ permitindo que ele permanecesse no lugar até que houvesse uma decisão de mérito sobre a posse do terreno.

Análise da notícia - Mais um exemplo
O uso irregular de terras públicas atravessa a história do DF, onde pelo menos um terço dos domicílios está construído em áreas ocupadas ilegalmente. O caso do Jockey Club é mais um exemplo desse absurdo que virou rotina. A área é pública, mas empresas privadas pagam aluguéis mais baratos e pessoas exploram diversas atividades sem nem sequer bancar a água e a luz consumidas. Ou seja, há gente ganhando dinheiro à custa do erário. Leia-se: à custa da sociedade. Essa realidade precisa mudar. Não só no Jockey, que é apenas um dos inúmeros exemplos desse tipo de irregularidade. É passada a hora de o Estado e a Justiça resolverem essa questão.



Lilian Tahan
Publicação: 06/11/2011 07:25 Atualização: 06/11/2011 07:34

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Águas Claras

Conheça,


Localizada entre: Taguatinga, Vicente Pires, Riacho Fundo e Park Way, distando 20 quilômetros do Plano Piloto; Águas Claras foi eleita pela classe média como cidade refúgio.


Já é possível vislumbrar Águas Claras completa daqui a alguns anos, tornando-se uma das melhores cidades do Distrito Federal para se viver, oferecendo aos seus moradores um vasto ambiente de beleza, gastronomia, boates, clubes, praças, calçadas, jardins, uma biblioteca, galerias comerciais e outros.

Dos seus 808 hectares, foram reservados 403 para área verde. Avenidas, alamedas e praças possuem nomes inspirados em plantas como: Araucárias, Castanheiras, Flamboyant, Ipê Amarelo, etc.

Os principais acessos para a cidade compreendem a Estrada Parque Taguatinga (EPTG), Estrada Parque Contorno (Pistão Sul), Estrada Parque Vicente Pires (EPVP) e Estrada Parque Núcleo Bandeirante (EPNB).




Águas Claras DF


Os sinais de desenvolvimento são visíveis, cursos de línguas, academias de ginástica, música e estabelecimentos comerciais indispensáveis ao dia-a-dia. Na Área de Desenvolvimento Econômico (ADE Águas Claras), já estão funcionando cerca de  545 empresas.

Águas Claras hoje cidade consolidada, conta com mais de 800 prédios, entre as empresas, a antiga MB Engenharia, atual Brookfield Inc. é a campeã de construção, entregando mais de 100 empreendimentos na cidade de Águas Claras DF.

Porque os clientes procuram a Brookfield Inc.? A empresa é considera uma das melhores construtoras em termos de acabamento, todos os seus empreendiementos são vendidos quase que 100% na fase de lançamento, sendo que na fase final de construção a procura por imóveis nos empreendimentos da Brookfield Inc. aumenta.

Conheça alguns dos empreendimentos da Brookfield Inc.:


Residencial Pau Brasil, pronto para morar


DF Century Plaza, fase de construção





  
Premiere, fase de entrega


Residence Quattro, fase de construção

Sinfonia, pronto para morar

 
Spot, lançamento (planta).
 











Solicite informações sobre os empreendimentos Brookfield Inc.


Thiago Santos


Consultor Imobiliário Brookfield Inc.


Tel: (61) 9160-8300 Claro e (61) 9948-9287 Vivo

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Taguatinga DF

Cidade autônoma e acolhedora

Satélite é cobiçada por moradores e investidores por ser uma região com excelente infraestrutura. As construtoras reconhecem que, apesar de não haver muito espaço para construir na região, o mercado imobiliário da cidade está mais valorizado do que nunca

Tamanho da Fonte SARA BUENO
ssouza@jornaldacomunidade.com.br
Redação Jornal da Comunidade, com adaptações de Thiago Wanderley dos Santos. thiagosantos.brookfield@gmail.com

O Top Life Taguatinga, que está sendo construído pela MRV Engenharia, é um empreendimento de alto-padrão na cidade
O Top Life Taguatinga, que está sendo construído pela MRV Engenharia, é um empreendimento de alto-padrão na cidade
Taguatinga já foi o refúgio dos trabalhadores que vieram construir Brasília. Hoje, é um dos principais centros comerciais do DF e abriga cerca de 243.575 habitantes.

Juliana Freitas, 24 anos, nasceu e foi criada em Taguatinga. Diariamente vai ao Plano Piloto estudar e trabalhar, mas ao fim do dia anseia voltar para a cidade. “É um lugar acolhedor. As pessoas se conhecem e mantêm uma relação de vizinhança”, explica a jovem.

Taguatinga é uma cidade independente em infraestrutura e em recursos financeiros. “Lá tem tudo, escolas, faculdades, bons hospitais, igrejas de todas as denominações, opções de cultura e comércio variado”, destaca Juliana.

Rogério Oliveira, diretor comercial da Lopes Royal, exalta a importância econômica de Taguatinga. “É uma influência sobre uma população de mais de 1 milhão de pessoas, entre moradores e frequentadores”, afirma.

A Lopes Royal lançou no final de dezembro o Reserva Taguatinga, com três condomínios, os Residenciais JK, Esplanada e Itamarati. Mais de 500 unidades foram vendidas e há apartamentos à venda. São imóveis de dois a três quartos a partir de R$ 170 mil. No final de junho e no início de julho a empresa inaugura novos empreendimentos. “Nós temos investido muito em Taguatinga. Devemos realizar oito lançamentos até o final do ano”, anuncia Rogério.

Em 2010 a Lopes Royal, em parceria com a PDG, inaugurou o Taguá Life Center, um empreendimento com apartamentos e lojas e salas comerciais. “Quase todas as unidades foram vendidas em um único final de semana. Nunca em Taguatinga foi feito um lançamento tão grande”, declara o diretor comercial.

A empresa tem projetos de construção, tanto comerciais quanto residenciais, nas quadras CNB 6 e CSA. Apesar de reconhecer Taguatinga como um mercado interessante para as construtoras e incorporadoras, Rogério revela que ela está saturada. “Não tem muito espaço livre”, observa.

A razão para a cobiça por um cantinho na cidade é por ser um centro comercial e pela infraestrutura. “Taguatinga tem comércio variado, boas escolas, hospitais, estação de metrô e vias como a EPTG e a Estrutural, além de fácil acesso a outras satélites”, ressalta Rogério. Ele descreve o perfil de quem procura morar em Taguá como jovem, dos 20 aos 40 anos, normalmente casado, com um ou dois filhos.

Ele acrescenta que, apesar de o comprador, na maioria das vezes, ser morador, o número de pessoas que compram para investir tem aumentado. “É uma proporção de 65%,70% a 30%,35%”, informa.
Devido à alta demanda, o m2 varia de R$ 4 mil a R$ 6 mil, dependendo do local. “Quanto mais perto do Pistão e das comerciais norte e sul, maior o preço do apartamento”, diz. O aluguel varia de 0,5% a 0,8% do valor do imóvel.

Pâmela Lourdes, 22 anos, mora na cidade desde que nasceu. Hoje reside em Taguatinga Centro, em um apartamento de três quartos. “O lugar é muito bom, tem tudo perto”, diz.

A MRV Engenharia investe em construções no entorno de Brasília desde 2004 e já lançou 16 empreendimentos na região, em um total de 6.370 unidades. “O entorno das grandes capitais brasileiras representa, hoje, o vetor de crescimento da construção civil, em especial no segmento econômico, em que a MRV atua”, destaca José Melo, diretor comercial da MRV Engenharia na regional Centro-Oeste.

Em Taguatinga a empresa está construindo o Top Life Taguatinga, o Altos de Taguatinga I, o Altos de Taguatinga II e o Boulevard Taguatinga. A construtora tem dois pontos de vendas na cidade.

A Silco Engenharia é parceira da MRV na construção dos Altos de Taguatinga I e II. Wesley Alcântara, analista de marketing da empresa, explica que o empreendimento é o primeiro endossado pela Silco em Taguatinga, e exalta as qualidades da cidade. “Taguatinga é um polo econômico em ascensão”, afirma.


Show de Morar Taguatinga

A Brookfield Inc. apostou e lançou em setembro 2011, o mais esperado Residencial Vivace ( Show de Morar Taguatinga), em menos de 2 meses o empreendimento foi vendido 60%. O residencial tem apenas 4 torres, em um terreno de 11.043,00m², uma área lazer incomparável com mais de 50 itens lazer, garagem coberta. São apartamentos de 2 e 3 quartos de 62m² á 87m².

Agora no mês de novembro 2011 a Brookfield Inc. lança um empreendimento comercial diferente de tudo que o mercado de Taguatinga viu, o ConnecTTowers, com localização privilegiada ao lado do Taguatinga Shopping. São salas Comerciais e lojas. Empreendimento voltado para empresários, que desejam ter em um ambiente de trabalho, conforto, modernidade, acessibilidade e conexão com  the business world.

ConnecTTowers (Salas Offices, Lojas)
Vale a pena conferir  tudo que está cidade tem a oferecer! Invista em seu futuro, no que há de mais seguro e rentável... O imóvel!

sábado, 8 de outubro de 2011

Valorização de Imóvel em Brasília

A valorização de imóveis no DF é 2% ao mês, 25% ao ano. Investimento seguro, rentável e garantialido.
Seja imóvel Residencial, Comercial ou Coporativo, seu investimento sem medo da queda de bolsas de valores, sua poupança garantida e para você locador, seu  complemento da à aposentadoria.
Para você que está realizando seu sonho do primeiro imóvel, não pare... Sempre que tiver a oportunidade de melhorar sua moradia ou mudar para um outro maior, faça isso pois sua alto estima estará sempre em alta.

domingo, 21 de agosto de 2011

Faça a conta certa antes de comprar a casa própria


É preciso reservar uma parte do orçamento
para os gastos com decoração (Foto: Divulgação)
Ter um teto para morar é, sem dúvida, o sonho de muitos. Mas para que esse sonho vire meta é preciso organizar as despesas domésticas antes de bater o martelo e fechar o negócio. Atenção é fundamental neste momento, pois além do financiamento, a aquisição de um imóvel envolve outras cobranças, como o Imposto de Transmissão de Bens Intervivos (ITBI) e o registro no cartório de imóvel, que podem custar até 5% do valor do bem.

Especialistas esclarecem que a situação cadastral da pessoa conta muito nesta hora. Alguns clientes possuem desconto enquanto outros não. Mas no geral, o montante usado para a escritura fica mesmo dentro dos 5% do valor total da transação.

É preciso ainda reservar uma parte do orçamento para os gastos com decoração e possível reforma do imóvel. Decoradores estimam que essa despesa possa custar até 20% do valor total do imóvel. Ou seja, num apartamento de R$ 200 mil, chuveiro, luminárias, piso, móveis e outros detalhes da decoração vão custar aproximadamente R$ 40 mil para o proprietário, que tem ainda que arcar com as parcelas mensais do financiamento.

Por isso, para evitar surpresas e iniciar o negócio com o pé direito, leia atentamente os tópicos adiante com todos os custos envolvidos na aquisição da moradia e analise se chegou a hora de investir na casa própria.

Compromisso de venda e compra - Depois de decidir que irá comprar o imóvel, o primeiro passo é assinar e registrar em cartório o Instrumento Particular de Compromisso de Venda e Compra. Se estiver inclusa neste documento alguma minuta que você discorde, converse com o corretor. É importante esclarecer que todas as cópias e documentos autenticados e reconhecidos serão pagos pelo interessado no imóvel.

Documentos - Para solicitar o resgate do FGTS e dar entrada no financiamento, é preciso entregar para o corretor os documentos solicitados pela CEF (Caixa Econômica Federal) e pagar aproximadamente R$ 500 para montagem da pasta e entrega do dossiê à agência bancária.

Sinal - Será necessário dar um sinal para o vendedor do imóvel. A quantia varia segundo o combinado entre as partes. Mas não se preocupe, esse valor será abatido do custo total do imóvel, funcionando como uma espécie de ‘entrada’.

Entrevista - Após a entrega dos documentos e a vistoria da caixa no imóvel, será agendada entrevista na Caixa para averiguar a quantia existente no fundo, conhecer as modalidades de financiamento (SAC ou Tabela Price) e tirar todas as dúvidas sobre a aquisição do bem. Neste dia serão desembolsados R$ 350 pela inspeção e resgate do FGTS.

Assinatura - Chegou o dia de fechar o negócio, assinar um calhamaço de papéis e desembolsar tudo o que você guardou para materializar este sonho. O mais alto serão os 5% do valor do imóvel destinado ao ITBI e ao registro do imóvel no cartório, que vão ser entregues em dois cheques para o corretor ou outro profissional responsável por levar todos os documentos firmados nesta data até o cartório. Para se ter uma ideia, no caso de um imóvel negociado a R$ 240 mil, R$ 4.800 é destinada ao pagamento do ITBI e R$ 4.350 ao registro em cartório. Além disso, o restante do valor da entrada deverá ser entregue ao vendedor. E para finalizar, é preciso pagar para Caixa R$ 600 pela emissão de documentos e serviços prestados.

por Verônica Lima

Fonte: ZAP Imóveis

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Crédito imobiliário cresce 55% no 1º semestre e bate recorde

3 de agosto de 2011 | 09h41 | atualizado às 13h25

 
O mercado imobiliário deve superar a previsão de encerrar 2011 com R$ 85 bilhões contratados em financiamentos com recursos da caderneta de poupança, segundo estimativa da associação que representa o setor no País, Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip). Os recursos concedidos pelo Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) para financiamento imobiliário atingiram recorde de R$ 37 bilhões de janeiro a junho, alta de 55% sobre o mesmo período de 2010.

O montante equivale a 44% da previsão da entidade para o ano. Em 2010, os financiamentos imobiliários somaram R$ 83 bilhões. "Podemos ter surpresas em relação aos R$ 85 bilhões projetados. A previsão tem viés de alta", disse o presidente da Abecip, Luiz Antonio França, a jornalistas nesta quarta-feira.

Se considerados ainda os recursos provenientes do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), o volume contratado no primeiro semestre salta para R$ 49,9 bilhões, 38% superior ao apurado um ano antes. "O segundo semestre é muito mais forte que o primeiro. Se este comportamento for mantido, devemos superar os R$ 85 bilhões", acrescentou França, se referindo à tendência de ter cerca de 60% das contratações concentradas na segunda metade do ano.

Em termos de unidades, nos seis meses até junho foram financiados 236,5 mil imóveis pelo SBPE, número 26% maior em relação ao mesmo período de 2010. Somadas as unidades adquiridas via FGTS, o volume foi de 645 mil imóveis. Deste total, 67,5% foram equivalentes a imóveis usados.

A previsão da Abecip é de que, este ano, sejam contratadas 540 mil unidades pelo sistema. Os resultados do semestre apontam a manutenção da demanda aquecida por imóveis no País, apoiada em queda da taxa de desemprego e aumento da renda média da população.

Conforme França, o cenário de aumento da taxa de juro não implica em preocupações para o setor, considerando que a maior parte dos recursos é proveniente da poupança, cujas taxas são fixas. "A influência (do juro maior) nesse mercado é muito pequena", disse ele.

Dos R$ 37 bilhões financiados no primeiro semestre, o maior volume, R$ 19,8 bilhões, foi destinado à aquisição de imóveis, enquanto o restante foi para construção. O percentual financiado no período foi de 62,7% no semestre, o que equivale a uma entrada de 37,3% do valor do imóvel, em média. Já o valor médio dos financiamentos ficou em R$ 156 mil. Em 2011 até junho, o índice de inadimplência do setor ficou em 1,15%, considerado "bastante adequado para o segmento", segundo França.

Poupança
De acordo com a Abecip, as cadernetas de poupança mostraram recuperação em junho, com captação líquida de R$ 1,2 bilhão após dois meses consecutivos de resgates. A Caixa Econômica Federal, por sua vez, informou nesta quarta-feira que encerrou julho com captação líquida de R$ 2,5 bilhões, maior captação líquida do ano e a terceira maior em dez anos. Com isso, a instituição passou a contar com R$ 139 bilhões em saldo de poupança.

Nesse sentido, França reiterou a previsão de que os recursos da poupança não serão suficientes para atender a demanda por crédito imobiliário. "O mercado vai crescer mais que a poupança... estima-se que, em 2013, a caderneta de poupança não consiga financiar todo o volume necessário".

A Abecip entregará ao Banco Central, até o final deste mês, a minuta de um projeto para acelerar a utilização de outros mecanismos de concessão de crédito, como os 'covered bond' - emissão de papéis com maior garantia -, adotados na Europa.

Fonte: Terra Mobile Brasil
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