sexta-feira, 16 de março de 2012

Boa localização, ferramenta importante para sua empresa.


3 fatores indispensáveis para escolher o local da sua empresa



EXAME -


Veja quais itens o empreendedor não pode esquecer de analisar antes de escolher o 
ponto comercial





São Paulo - Além de precisar pensar nos tipos de produtos e serviços oferecidos,
estabelecer preços, montar um plano de negócios e conseguir investimentos, 
quem está chegando ao mercado precisa avaliar o local em que a empresa vai 
funcionar. E esta tarefa está entre as grandes dificuldades de empreendedores 
iniciantes - e até dos mais experientes.

Embora 43 novos shoppings estejam em construção no país, como mostram 
dados da Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce), a procura por 
pontos comerciais não será suprida. Um recurso em moda para driblar os altos 
valores cobrados são os empreendimentos mixed-used, que agregam escritórios, 
apartamentos, lojas, flats e shopping em um mesmo prédio.

Apesar da busca por soluções, os aluguéis de pontos comerciais têm preços 
em pleno crescimento – especialistas em mercado imobiliário esperam um 
aumento de 100% sobre os preços já praticados até a Copa do Mundo de 2014.

Além do valor, outra questão a ser levada em consideração, destaca o professor 
da Faculdade de Administração da Fundação Armando Alvares Penteado 
(FAAP) Armando Terribili, é a existência de mão de obra qualificada por perto. 
“Treinar funcionários também é oneroso”.

Com a mesma linha de pensamento, ele destaca a necessidade de averiguar 
infraestrutura da região de instalação. “Importar matéria-prima também é caro. 
Por isso, é melhor para uma fábrica de cocada, por exemplo, estar instalada no 
Nordeste e não no Sul.”

Especialistas ouvidos por Exame.com destacaram outros fatores a serem 
considerados na escolha do melhor local para instalar uma empresa.

1. Casa X ponto comercial

Para quem quer economizar e não se importa de disponibilizar a sala ou um 
quarto da casa para o empreendimento, sugere-se pensar bem antes de renovar 
a mobília e fazer o cômodo parecer uma loja. De acordo com Terribili, não se deve 
apostar no conforto do lar para qualquer tipo de empreendimento. “Trabalho feito 
em casa é aquele em que você não tem interação com cliente ou fornecedor, que 
pode ser feito com computador e telefone.”

Um exemplo citado pelo especialista é o ramo de panificação. “Padaria é algo que 
depende da passagem de pessoas. A atratividade está no próprio ponto comercial”, 
diz. A exceção, afirma ele, seria um negócio que exige pouco contato com clientes, 
como uma loja virtual, com a ressalva de se ter um ambiente próprio, com estrutura 
para reuniões.

Rose Mary Lopes, coordenadora do núcleo de empreendedorismo da ESPM. cita 
também possibilidade de instalar a empresa em estações de trabalho ou espaços 
de co-working. “Isso funciona para casos de consultoria, por exemplo, em que pouco 
provavelmente o cliente irá até você. O mais comum é que você vá até o local de trabalho 
do cliente", diz.

2. Alugar X comprar

Comprar um imóvel comercial é uma das ideias que pode passar na cabeça de 
um empreendedor com dinheiro em caixa, que queira fugir do aluguel. A dica, no 
entanto, é ter cautela.

Na visão do professor da FAAP, o pequeno empreendedor, especialmente o 
iniciante nos negócios, deve ter cautela ao decidir comprar um ponto para instalar 
sua empresa.

Segundo Terribili, nessa fase, ainda não se tem noção de quanto o empreendimento 
pode crescer. “Às vezes, ele vai querer expandir logo e poderia ter aplicado melhor o 
dinheiro do que com a, compra do imóvel.”

Rose compartilha da mesma opinião. Para ela, adquirir um ponto seria uma decisão 
prematura na abertura do primeiro negócio. A sugestão da especialista é fazer simulação 
e estimar os resultados da empresa caso o dinheiro investido na compra do imóvel fizesse 
parte do fluxo de caixa, gastando com aluguel. "É mais prudente comprar quando você já 
sabe que o negócio vingou, que tem perspectivas, aí pode ser o caso de comprar em função 
do crescimento do negócio", diz Rose.

3. Visibilidade X logística

Cada tipo de negócio se adequa a uma realidade de localização. “Se é algo que demanda 
entrega, o melhor é estar próximo a uma rodovia para escoar melhor a mercadoria”, avalia 
coordenadora da ESPM.

Ainda em relação à logística, o professor Terribili destaca a proximidade com o consumidor 
como uma economia e exemplifica: “Tem que ver o quão perto do cliente você vai estar. Não 
adianta produzir em Manaus se quem compra está no Sudeste.”

No caso de comércio de varejo, o melhor é ficar em um local de boa visibilidade. No entanto, 
isso não basta: é preciso estudar não apenas o local de instalação da empresa, mas o mercado 
em volta, o acesso e a quantidade de pessoas que passam por lá diariamente.

“O empreendedor tem que manter os pés no chão e ter calma. Às vezes, se empolga e 
acaba alugando ou comprando imóveis sem necessidade e além de suas posses, em locais 
de pouca rentabilidade", explica Rose.




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quinta-feira, 15 de março de 2012

Design e decoração



Imóveis podem ser transformados pela técnica do upcycling
Profissionais apostam na tendência para criar projetos sustentáveis, sem perder a funcionalidade e a beleza da matéria-prima


Júnia Leticia - Estado de Minas
Por: Lugar certo


Transformar resíduos ou produtos descartáveis em novos materiais ou objetos práticos e de qualidade sem a utilização de processos químicos. Essa é a definição de upcycling. Apesar do nome complicado, o conceito é simples e muito útil. Ao contrário da reciclagem, no qual o material primeiro é destruído para depois ser convertido em algo novo, nesse processo, aquilo que foi considerado lixo é usado na sua forma original, tendo sua utilidade substituída. Em outras palavras, a prática do upclycling confere mais valor aos produtos antigos.

Assim, a técnica possibilita evitar desperdício de materiais potencialmente úteis e reduzir o consumo de novas matérias-primas na criação de produtos. Uma consequência direta desse processo é a menor emissão de poluentes que aumentam o efeito estufa e a redução do consumo de energia. Para quem é adepto das práticas sustentáveis, é a garantia de melhores condições de vida.

Os benefícios do upcycling já vêm sendo reconhecidos pelos consumidores, como observa a arquiteta Flávia Soares. Tanto é assim que sua utilização tem crescido e ganhado a aceitação do mercado. Um dos pontos que contam a favor da técnica é a economia, já que os custos e a quantidade de materiais utilizados durante este processo são menores. “Essa prática é capaz de transformar o velho em novo sem a utilização de processos químicos. Isso é o que mais chama a atenção das pessoas”, conta.

Essa descoberta por parte do consumidor tem incentivado ainda mais o desenvolvimento de projetos que busquem tornar o upcycling mais acessível. “Os profissionais das áreas de arquitetura e decoração têm utilizado o conceito em seus projetos, pois, além de ser uma forma de contribuir com o meio ambiente, é capaz de dar nova roupagem ao velho e criar designs inovadores e com estilo”, acrescenta Flávia Soares.

A arquiteta Marina Dubal explica que o conceito de upcycling consiste no aproveitamento de um resíduo sem alteração de seu material e sua forma. “Diferente do que ocorre na reciclagem, em que os resíduos são submetidos a processos químicos, se transformando em novos materiais em aspecto e forma”, reitera. O termo upcycling surgiu em 1994, em uma entrevista do empresário e ambientalista alemão Reiner Pilz. “Nela, ele critica a reciclagem ou downcycling, por não valorizar os resíduos como são, necessitando destruí-los para depois reconstruir algo do zero”, explica Marina.

Flávia Soares diz que, em meados da década de 1990, no momento em que se falava da quebra de concreto e tijolos, Reine Pilz disse que isso seria downcycling. “Ele afirmou na entrevista que o que precisamos é de upcycling, em que é dado mais valor aos produtos antigos e não menos”, completa a arquiteta.

Rentabilidade
A arquiteta Maria Aparecida Teles observa que atualmente, com a conscientização sobre a importância da sustentabilidade, verificou-se que o aproveitamento de materiais seria mais rentável e prático. “Upcycling é o processo de transformar resíduos ou produtos inúteis e descartáveis em novos materiais ou produtos de maior valor, uso ou qualidade. Isso é, sem precisar passar pelos processos químicos e físicos da reciclagem”.

Antes, para que materiais como embalagens plásticas pudessem ganhar novas utilidades, era necessário o emprego de produtos químicos e combustíveis para fazer essa conversão. “Agora, para que embalagens plásticas ganhem nova utilidade basta criatividade. Utilizando-se do que é upcycling, os profissionais conseguem transformar as garrafas PET em sacolas ou até mesmo bolsas luxuosas”, diz Flávia Soares.

Transformação sem limite
De objetos de decoração a móveis, os resultados do upcycling são surpreendentes. Com paciência e criatividade é possível fazer por conta própria peças bonitas e com um alto valor comercial

Apesar de ser recente, o upcycling tem sido difundido rapidamente, acompanhando a necessidade do desenvolvimento de projetos sustentáveis. Por isso, não é difícil encontrar soluções que contemplem o conceito. “Já se veem muitos produtos e até móveis com o conceito aplicado. Os designers brasileiros Irmãos Campana são mundialmente conhecidos por transformarem resíduos em poltronas, cadeiras, entre outros, aproveitando a forma e estética do material utilizado”, diz a arquiteta Marina Dubal. Entre os artigos e peças de tamanhos menores, ganham destaque objetos feitos com pneus de bicicleta, como fruteiras, e cadeiras feitas com resíduos de cordas. “Outro exemplo mais recorrente é o uso da madeira de demolição e até peças prontas, como portas e janelas antigas”, comenta.

Um exemplo bastante conhecido é o emprego de garrafas PET, que passam a ser utilizadas como lâmpadas e vasos de plantas. “Podemos ver também o conceito nos pneus que passam a ser usados como muro de arrimo e pufe. A madeira de demolição é um upcycling muito difundido na nossa cultura, dando mais valor aos produtos antigos, e não menos”, diz a arquiteta Flávia Soares.

Materiais mais diversos e até mesmo inusitados, como embalagens de salgadinhos, plásticos variados, madeiras, lonas e tecidos, compõem a extensa lista de possibilidades, segundo a arquiteta Maria Aparecida Teles. De acordo com ela, há empresas que coletam roupas e sapatos que as pessoas não querem mais e as reinserem no processo produtivo. “Menos de 10% vai, efetivamente, para o lixo. Lojas de design em projetos arquitetônicos e decoração também.”

Esse processo de transformação de resíduos e produtos descartáveis em novos materiais ou objetos, sem a utilização de processos químicos, pode ser realizado por qualquer pessoa, segundo Maria. “As peças podem ser encomendadas de empresas, lojas, artistas plásticos, estilistas, arquitetos, designers, entre outros. E nós, como profissionais, devemos incentivar cada vez mais sua utilização”, ressalta.

Garimpar é essencial para achar verdadeiras joias escondidas, que podem estar em caçambas, topa-tudo e ferro-velho, como indica a arquiteta Marina Dubal. “O que vai fazer a diferença é a criatividade do uso para fazer do resíduo algo de valor. O upcycling pode ser feito por qualquer um, mas é mais recorrente no meio de designers, artistas e arquitetos, que utilizam madeiras de demolição, metais, azulejos, entre outros.”

Tendência
E perspectivas para esses profissionais é o que não falta, como observa a arquiteta. “Recentemente, com o aumento da demanda por objetos mais originais, antigos, o número de lojas que fazem upcycling ou vendem os insumos para esse tipo de prática vem crescendo progressivamente”, conta Marina. Um produto produzido por meio de upcycling pode ser feito por artistas, artesãos, arquitetos, marceneiros, pedreiros e outros profissionais.

Para isso, vale procurar em lojas de material de demolição, grandes fornecedores de produtos para upcycling. Mas antes de encomendar as peças, é preciso pensar na ideia e no material que será transformado. “A partir daí, é só procurar a pessoa certa para fazer o novo produto. Se pretende transformar um vaso em luminária, pode precisar da ajuda de um eletricista”, indica Flávia Soares.

Além de ter uma peça muitas vezes única e original, há a vantagem – principal, na opinião de Flávia – de poder diminuir o lixo produzido pela sociedade. “É possível, ainda, é claro, reaproveitar um material que seria descartado. O ganho em originalidade e, em alguns casos, em exclusividade, é imensurável”, considera.

Preconceito atrapalha a reutilização
Apesar das vantagens de se investir no conceito, a arquiteta Maria Aparecida Teles observa que, pelo fato de ter como matéria-prima objetos descartados, há quem não simpatize com o upcycling. “Há preconceito de que, por ser um material reaproveitado, não é ‘chique’. Mas esse conceito está mudando”, constata. Mas a resistência do brasileiro relativa ao upcycling pode ser trabalhada, e é isso o que procurar fazer a arquiteta. “Quando chego à casa do cliente e vejo algo antigo, já vislumbro a utilização em outra função dentro do projeto do ambiente a ser realizado”.

Para Marina Dubal, é muito interessante explorar o uso do upcycling na arquitetura e no design de interiores. “Uma porta antiga pode se transformar em uma mesa, uma janela em um espelho para um lavabo e um cocho antigo se transforma em jardineira. Já existem propostas bem interessantes que auxiliam a criar um clima aconchegante e cheio de personalidade.” Por isso, ao projetar o espaço, o ideal é valorizar alguns detalhes e evitar os excessos, que podem resultar em um ambiente pesado.

A arquiteta Flávia Soares confirma as diversas possibilidades de emprego do upcycling. Segundo ela, o conceito pode ser adotado de várias formas na arquitetura e na decoração. “Pode ser por meio de uma casa com material demolição ou mesmo na decoração, em que algumas peças podem ser reutilizadas. Por exemplo: a antiga penteadeira pode virar a pia do banheiro.” O que deve ser levado em consideração na hora de projetar a partir do conceito são as peças disponíveis para se trabalhar, como diz Flávia. “O projeto deve garantir o melhor uso dos materiais. Nos dias de hoje, viver de forma sustentável é algo bastante valorizado pela sociedade. Por isso, a prática do upcycling vem ganhando força”.


Entenda a diferença


» Upcycling
É o processo de transformar resíduos ou produtos inúteis e descartáveis em novos materiais ou produtos de maior valor, uso ou qualidade. Utiliza materiais no fim de vida útil na mesma forma que ele está no lixo para dar uma nova utilidade. Um exemplo bem conhecido é o emprego da lona de caminhões na fabricação de roupas, bolsas, chapéus, bonés e outros artigos. Ou o uso de resíduos para o artesanato ou design de novos produtos.

» Downcycling

Envolve a conversão de materiais e produtos em novos materiais de menor qualidade. Ou seja, a integridade do material é, de certa forma, comprometida com o processo de recuperação. Algumas resinas plásticas, como a PEAD – usada como matéria-prima de embalagens primárias de leite, iogurte e sucos –, não podem ser verdadeiramente recicladas. O resultado de sua recuperação não pode ser usado novamente como embalagens de produtos alimentícios. Essas resinas são transformadas em coisas, como mesas, cadeiras, lixeiras e requerem tratamento extra em termos de energia e dos produtos químicos que compõem as resinas.

» Reciclagem

O termo acaba sendo usado em todos esses processos (upcycling e downcycling), até mesmo para poder simplificar para um
leigo. Mas na hora da escolha do material para a fabricação das peças, é importante entender essas diferenças e usá-las como critério de escolha. A reciclagem pode requerer muita energia em seu processo, produzindo artigos com menor valor ambiental.

Design e decoração



Imóveis pequenos exigem criatividade para melhor utilização dos ambientes


Redação - Folha de Londrina
Por: LUGAR CERTO

Os apartamentos estão cada vez menores. Não apenas por uma questão de custos, já que a tendência é que as construtoras diminuam espaços e aumentem o número de apartamentos por prédio. Há também uma procura grande por parte de pessoas que optam por morar sozinhas ou casais que não pretendem ter filhos tão cedo. De acordo com o vice-presidente do Conselho Regional de Corretores de Imóveis, Paulo Tavares, a demanda por apartamentos pequenos tem crescido. "A venda desses apartamentos é excelente. A saída é rápida e atinge uma grande faixa de público".

A arquiteta Ana Machado Sallum acredita que a procura por apartamentos menores, de 70 e 80 metros quadrados, deve-se, principalmente, a uma tendência da cultura atual. "As pessoas estão retardando alguns acontecimentos da vida. Estão casando e tendo filhos mais tarde e priorizando a estabilidade financeira. O resultado são muitas pessoas morando sozinhas ou com parceiros, em apartamentos de um, dois e até três quartos", analisa a arquiteta.

Independentemente do motivo, viver em espaços menores exige criatividade. "É preciso saber aproveitar cada canto e, ao mesmo tempo, tornar o ambiente agradável, aconchegante, mas sem excessos". Ana aposta na ideia de integração de espaços para aproveitar melhor os pequenos apartamentos e fazer os poucos metros quadrados do imóvel renderem. "A regra é diminuir o número de paredes e conectar ambientes, como salas e cozinhas; um dos quartos com a sala; e até mesmo banheiro com quarto. Os ambientes agora são mais bem planejados. Cozinhas americanas, que unem sala de jantar e cozinha por um balcão, exigem peças bonitas e bem-acabadas. A geladeira hoje é uma peça tão valorizada quanto a televisão".

Ambientes bem planejados
Eliminar paredes para integrar cômodos diferentes, instalar divisórias mais estreitas e usar painéis ou espelho são recursos que permitem melhor aproveitamento do espaço.

Apartamentos pequenos devem ser planejados com inteligência, otimizando os ambientes, mas deixando espaços confortáveis de circulação. De acordo com a arquiteta Ana Machado Sallum, as próprias construtoras estão deixando opções para que o cliente possa criar e aproveitar os espaços da melhor forma. "Os apartamentos novos são construídos sem empecilhos hidráulicos em certas paredes, já pensando na possibilidade de o proprietário ampliar o espaço. Por exemplo, num apartamento de dois quartos, o banheiro não é mais colocado entre os quartos, para caso de a pessoa querer ampliar o cômodo".

Ana adora o desafio de transformar esses espaços pequenos em ambientes agradáveis e versáteis. Para isso, ela sugere, além de eliminar paredes e integrar cozinha e sala, o uso de divisórias de dry wall. A arquiteta explica que essas divisórias são de fácil colocação e têm cerca de dez centímetros a menos que as paredes comuns. "Enquanto uma parede de tijolos ocupa, em média, 15 centímetros, a divisória tem 5 centímetros. E ela não tem desvantagem na comparação com a parede comum". Levando ao pé da letra o conceito de Ana, Droysen Lopes Tomich decidiu realmente integrar ambientes. Ele é dentista e há algum tempo mora sozinho em um apartamento de três quartos, com 90 metros quadrados. Droysen quebrou paredes, investiu no acabamento e o imóvel passou a ter dois quartos, com cozinha americana e até mesmo banheira dentro do quarto. "Queria fazer um ambiente aconchegante e que tivesse o meu perfil. Optei por uma estética agradável e um espaço que eu pudesse realmente aproveitar, já que adoro ficar em casa". O apartamento também ganhou painéis de madeira e espelho, que ajudaram a aumentar a sensação de amplitude.

Versatilidade
O arquiteto Rodrigo Albuquerque afirma que existe uma tendência por parte das construtoras de aproveitar espaço, baixar custos e, conseqüentemente, o preço dos imóveis. Ele também acredita que integrar ambientes seja uma boa solução para ampliar os apartamentos. O arquiteto sugere cômodos com diversas utilidades. "O múltiplo uso de um espaço é uma saída inteligente para os pequenos apartamentos. Além das mudanças mais radicais, o sucesso pode estar na decoração e no mobiliário", afirma o arquiteto. Para ele, um escritório pode ser o quarto de hóspedes, a bancada da televisão ser desenhada de forma que fique um espaço para computador, e o balcão da cozinha americana incluir bancos que sejam usados como copa ou espaço gourmet.

Rodrigo acredita que, além dos tradicionais pufes versáteis e práticos, outros detalhes podem ajudar. "Uma mesa de canto pode ser substituída por um baú, unindo finalidades. O aparador, comportar embaixo o bufê para guardar copos, pratos etc. Camas sempre com gavetões. O ideal é aproveitar tudo e deixar de ser um simples enfeite ou ter apenas uma utilidade".

O arquiteto completa explicando que, no caso de imóveis pequenos, o banheiro não pode ter uma simples bancada sem armários embaixo. "Ela tem que comportar um espaço para guardar produtos de higiene e outros objetos, já que será usada também, por exemplo, como penteadeira". Outra grande aposta é o uso de espelhos. Além de ter um custo baixo, eles dão a sensação de que o espaço foi duplicado. "Eles refletem a luz, aumentando o ambiente. E são esteticamente muito bonitos". Rodrigo indica a inserção de espelhos não só em paredes, mas também em móveis e luminárias. "Já projetei até uma luminária cercada de espelhos".

Patrimônio mundial



Unesco avalia se Brasília deve manter título de Patrimônio Mundial

Por: LUGAR CERTO

Orla do Lago Paranoá - Na última visita, em 2001, a Unesco recomendou que o GDF proibisse qualquer tipo de ocupação residencial na beira do lago.
Orla do Lago Paranoá - Na última visita, em 2001, a Unesco recomendou que o GDF proibisse qualquer tipo de ocupação residencial na beira do lago.
Uma missão de monitoramento do Centro do Patrimônio Mundial da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) e o Conselho Internacional de Monumentos e Sítios (Icomos) realizam, a partir desta terça-feira (13/3) a sábado (17/3), em Brasília, trabalho de avaliação sobre o estado de conservação da cidade. O objetivo é verificar se há condições de a capital ser mantida na lista de Patrimônio Mundial.

Nas reuniões, os especialistas vão avaliar os projetos sobre as áreas tombadas, o Plano de Preservação do Conjunto Urbanístico de Brasília (PPCub) e as ações de fiscalização na região central, além de políticas públicas. Para o governo do Distrito Federal (GDF), a preservação do título de Brasília como patrimônio da humanidade é considerada prioridade.

O GDF informou que no fim do ano passado o PPCub estava em fase de conclusão. Em 2012, foi instituído pelo governo local o Ano de Valorização de Brasília como Patrimônio Cultural da Humanidade - título concedido em 1987. O PPCub envolve a preservação, o planejamento e a gestão do conjunto urbanístico de Brasília.

A missão da Unesco e do Icomos vai avaliar ainda se estão mantidas as características fundamentais das superquadras, que definem por exemplo a predominância de áreas livres arborizadas e equipamentos de uso comunitário, como os parquinhos para as crianças. Também vai observar se nos arredores do Lago Paranoá há áreas para recreação, lazer, cultura, esporte e turismo.

Serão observados ainda se o plano original de Brasília, definido por Lúcio Costa para setores destinados apenas às casas e prédios com menos de seis andares, é respeitado. Também será analisada a área que é comercial – se os espaços verdes obrigatórios são preservados.

De acordo com o GDF, Brasília detém a maior área tombada do mundo (112,25 quilômetros quadrados), sendo o único bem contemporâneo que faz parte da lista de Patrimônio Mundial. No esforço de manter o título, concedido há 25 anos, o governo local criou um comitê executivo para cuidar exclusivamente do tema.
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