Baixista comenta briga de ex-Ramones: 'Johnny era homem de negócios'.
Ele lança disco no Rio, São Paulo, Goiânia, Brasília e Estância Velha (RS).
Christopher Ward tinha 24 anos quando conseguiu subir ao palco com a banda da qual era fã, os Ramones. O baixista não só realizou um "sonho de punk" como se tornou, de 1989 até o fim do grupo, em 1996, membro "rebatizado" como CJ Ramone. Mais jovem do que os outros integrantes, ele deu energia à banda já desgastada. "Sei que para eles não era tão divertido quanto para mim", lembra em entrevista por telefone ao G1.
CJ traz ao Brasil a turnê do álbum "Reconquista" (2012), em que pretende "colocar de volta a atenção na música" dos Ramones. No período em que CJ esteve na banda, os falecidos líderes - o vocalista Joey e o guitarrista Johnny - eram notórios inimigos nos bastidores. O cantor nunca perdoou o companheiro por se casar com sua ex-namorada, Linda.
Um dos poucos episódios que deu ânimo aos Ramones no final da carreira foi descobrir, nos anos 90, a força que tinha na América do Sul, maior até do que nos EUA. "Foi uma relação única. As pessoas entenderam a música, a mensagem e a energia de uma maneira diferente de outros lugares", garante CJ.
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G1 - Por que decidiu lançar 'Reconquista' como artista solo?
CJ Ramone - Eu nunca tinha feito um álbum como CJ Ramone, só com outras bandas [Los Gusanos e Bad Chopper]. Mas percebi que tudo que se escrevia sobre Ramones era coisa negativa. Brigas, quem tinha pegado a namorada de quem. Eu queria colocar a atenção de volta na música dos Ramones. Mas tinha que provar que poderia fazer um bom álbum porconta própria.
CJ Ramone - Eu nunca tinha feito um álbum como CJ Ramone, só com outras bandas [Los Gusanos e Bad Chopper]. Mas percebi que tudo que se escrevia sobre Ramones era coisa negativa. Brigas, quem tinha pegado a namorada de quem. Eu queria colocar a atenção de volta na música dos Ramones. Mas tinha que provar que poderia fazer um bom álbum porconta própria.
G1 - Você consegue tocar as suas músicas novas no show ou todo mundo fica gritando 'hey ho, let´s go' [verso de 'Blitzkrieg bop', dos Ramones]?
CJ Ramone – Sempre vou tocar músicas dos Ramones nos shows, eu as amo. Faço um par de músicas de “Reconquista!”, um par do Bad Chopper, mas a base é Ramones.
CJ Ramone – Sempre vou tocar músicas dos Ramones nos shows, eu as amo. Faço um par de músicas de “Reconquista!”, um par do Bad Chopper, mas a base é Ramones.
G1 – Você leu a nova autobiografia do Johnny, 'Commando'?
CJ Ramone – Sim, achei ótima, pena que é tão curta. Rápida como uma música dos Ramones. Ele morreu antes de terminar. É fria e prática em relação à história da banda, porque ele era como um homem de negócios. Mas se não fosse assim, o grupo certamente não teria durado 22 anos.
CJ Ramone – Sim, achei ótima, pena que é tão curta. Rápida como uma música dos Ramones. Ele morreu antes de terminar. É fria e prática em relação à história da banda, porque ele era como um homem de negócios. Mas se não fosse assim, o grupo certamente não teria durado 22 anos.
G1 – Ele diz que 'a única hora em que a banda funcionava, e ninguém estava infeliz, era no palco. Lá nos importávamos uns com os outros.' Você se sentia infeliz?
CJ Ramone - Eu sempre me dei bem com Johnny e Joey. Eram eles que tinham as suas diferenças. Estavam juntos há 20 anos, é muito tempo até para um casamento. E tinham muita história no passado. Sei que para eles não era tão divertido quanto para mim.
CJ Ramone - Eu sempre me dei bem com Johnny e Joey. Eram eles que tinham as suas diferenças. Estavam juntos há 20 anos, é muito tempo até para um casamento. E tinham muita história no passado. Sei que para eles não era tão divertido quanto para mim.
G1 – Jhonny também fala de quando vocês descobriram, nos anos 90, que os Ramones, sem um hit nos EUA, eram amados na América do Sul. Como foi?
CJ Ramone - Fiquei maravilhado com quanto os fãs são apaixonados e loucos aí. Não era algo que esperávamos. É uma coisa engraçada o quanto as pessoas do Brasil e Argentina se identificam com os Ramones. Foi uma relação única. Não havia outro lugar assim para os Ramones. As pessoas entenderam a música, a mensagem e a energia de uma maneira diferente de outros lugares. Aí encontro tudo que o público devia ter.
CJ Ramone - Fiquei maravilhado com quanto os fãs são apaixonados e loucos aí. Não era algo que esperávamos. É uma coisa engraçada o quanto as pessoas do Brasil e Argentina se identificam com os Ramones. Foi uma relação única. Não havia outro lugar assim para os Ramones. As pessoas entenderam a música, a mensagem e a energia de uma maneira diferente de outros lugares. Aí encontro tudo que o público devia ter.
G1 – Marky Ramone vem tocar aqui no Brasil também, algumas semanas depois de você. É verdade que vocês não se falam mais?
CJ Ramone - Nunca vi um show dele, não tenho mais contato. Não entendi o que aconteceu. Sempre mantive coisas pessoais fora da mídia. As pessoas me disseram que ele falou coisas de mim, mas não importa. Não sei qual foi o problema. Não presto atenção nessas coisas.
CJ Ramone - Nunca vi um show dele, não tenho mais contato. Não entendi o que aconteceu. Sempre mantive coisas pessoais fora da mídia. As pessoas me disseram que ele falou coisas de mim, mas não importa. Não sei qual foi o problema. Não presto atenção nessas coisas.
G1 – Você já disse que recebeu dois convites para entrar no Metallica. Como foi? Teve contato pessoal, fez algum teste? [A biografia do “Metallica”, de Mick Wall, descreve exaustivos testes da banda para encontrar um novo baixista.]
CJ Ramone – Não, o Johnny era amigo de Kirk Hammett, do Metallica. Nós tocamos com eles no festival Lollapalooza. Depois, Kirk falou com o Johnny que eles adorariam que eu fosse tocar com eles. Eu sou um grande fã da banda, adoraria ter entrado. Mas meu filho foi diagnosticado com autismo, tinha que cuidar dele.
CJ Ramone – Não, o Johnny era amigo de Kirk Hammett, do Metallica. Nós tocamos com eles no festival Lollapalooza. Depois, Kirk falou com o Johnny que eles adorariam que eu fosse tocar com eles. Eu sou um grande fã da banda, adoraria ter entrado. Mas meu filho foi diagnosticado com autismo, tinha que cuidar dele.
G1 – Os Ramones são o arquétipo de uma banda punk. Influenciaram muitos outros grupos, mas ao mesmo tempo viviam em um mundo paralelo, e tinham um líder conservador [Johnny]. O que a palavra 'punk' significava para vocês?
CJ Ramone – Eu e Johnny sempre conversávamos sobre isso. Nos EUA era diferente de outros lugares. Era fazer as coisas do seu jeito. Para nós, Elvis Presley, que levou a música negra para a América branca porque ele queria isso, era um punk. Jim Morrison, Johnny Cash, pessoas que fizeram as coisas do jeito delas, eram punks. Não necessariamente cabelo moicano, agulhas, anarquia e coisas assim. Isso é a versão europeia do punk. A versão americana era mais "f...-se, vou fazer do meu jeito". Não acho que ninguém possa dizer que Johnny Ramone não era um punk, mesmo sendo conservador. Ele nunca deixaria que ninguém ditasse o que ele deveria pensar.
CJ Ramone – Eu e Johnny sempre conversávamos sobre isso. Nos EUA era diferente de outros lugares. Era fazer as coisas do seu jeito. Para nós, Elvis Presley, que levou a música negra para a América branca porque ele queria isso, era um punk. Jim Morrison, Johnny Cash, pessoas que fizeram as coisas do jeito delas, eram punks. Não necessariamente cabelo moicano, agulhas, anarquia e coisas assim. Isso é a versão europeia do punk. A versão americana era mais "f...-se, vou fazer do meu jeito". Não acho que ninguém possa dizer que Johnny Ramone não era um punk, mesmo sendo conservador. Ele nunca deixaria que ninguém ditasse o que ele deveria pensar.
CJ Ramone no Brasil
Estância Velha (RS)
Quando: Domingo (16), 21h30h
Onde: Arena Palco 7 - Av. Presidente Vargas, 2466 - Rincão dos Ilhéus
Quanto: R$ 25 a R$ 50,00 - blueticket.com.br
Rio de Janeiro
Quando: Terça (18), 22h
Onde: Teatro Odisséia - Avenida Mem de Sá, 66 - Lapa
Quanto: R$ 60,00: ticketbrasil.com.br
São Paulo
Quando: Quarta (19), 19h
Onde: Hangar 110- R. Rodolfo Miranda, 110 – Metrô Armênia
Quanto: R$ 60,00 (1° lote) e R$ 100,00 (na porta) - ticketbrasil.com.br
Brasília
Quando: Sábado (21), 22:30h
Local: Arena Futebol Club - Sces Trecho 3 S/N Lt 1
Quanto: R$ 20,00 - Veja pontos de venda.
Quando: Domingo (16), 21h30h
Onde: Arena Palco 7 - Av. Presidente Vargas, 2466 - Rincão dos Ilhéus
Quanto: R$ 25 a R$ 50,00 - blueticket.com.br
Rio de Janeiro
Quando: Terça (18), 22h
Onde: Teatro Odisséia - Avenida Mem de Sá, 66 - Lapa
Quanto: R$ 60,00: ticketbrasil.com.br
São Paulo
Quando: Quarta (19), 19h
Onde: Hangar 110- R. Rodolfo Miranda, 110 – Metrô Armênia
Quanto: R$ 60,00 (1° lote) e R$ 100,00 (na porta) - ticketbrasil.com.br
Brasília
Quando: Sábado (21), 22:30h
Local: Arena Futebol Club - Sces Trecho 3 S/N Lt 1
Quanto: R$ 20,00 - Veja pontos de venda.
Goiânia
Quando: Domingo (22), 0h
Onde: Bolshoi Pub - Rua T-53 - Setor Bueno
Quanto: R$ 50,00 (meia) e R$ 60,00 (na porta) - Veja pontos de venda.
Quando: Domingo (22), 0h
Onde: Bolshoi Pub - Rua T-53 - Setor Bueno
Quanto: R$ 50,00 (meia) e R$ 60,00 (na porta) - Veja pontos de venda.
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