domingo, 16 de setembro de 2012

CJ Ramone em Brasília - DF


14/09/2012 08h08 - Atualizado em 14/09/2012 08h08


' Relação da banda e o Brasil foi única', diz CJ Ramone antes da turnê no país

Baixista comenta briga de ex-Ramones: 'Johnny era homem de negócios'.
Ele lança disco no Rio, São Paulo, Goiânia, Brasília e Estância Velha (RS).

Rodrigo OrtegaDo G1, em São Paulo

O ex-baixista dos Ramones, CJ Ramone (Foto: Divulgação)O ex-integrante dos Ramones, CJ Ramone
(Foto: Divulgação)
Christopher Ward tinha 24 anos quando conseguiu subir ao palco com a banda da qual era fã, os Ramones. O baixista não só realizou um "sonho de punk" como se tornou, de 1989 até o fim do grupo, em 1996, membro "rebatizado" como CJ Ramone. Mais jovem do que os outros integrantes, ele deu energia à banda já desgastada. "Sei que para eles não era tão divertido quanto para mim", lembra em entrevista por telefone ao G1
CJ traz ao Brasil a turnê do álbum "Reconquista" (2012), em que pretende "colocar de volta a atenção na música" dos Ramones. No período em que CJ esteve na banda, os falecidos líderes - o vocalista Joey e o guitarrista Johnny - eram notórios inimigos nos bastidores. O cantor nunca perdoou o companheiro por se casar com sua ex-namorada, Linda.
Um dos poucos episódios que deu ânimo aos Ramones no final da carreira foi descobrir, nos anos 90, a força que tinha na América do Sul, maior até do que nos EUA. "Foi uma relação única. As pessoas entenderam a música, a mensagem e a energia de uma maneira diferente de outros lugares", garante CJ.
G1 - Por que decidiu lançar 'Reconquista' como artista solo?
CJ Ramone - Eu nunca tinha feito um álbum como CJ Ramone, só com outras bandas [Los Gusanos e Bad Chopper]. Mas percebi que tudo que se escrevia sobre Ramones era coisa negativa. Brigas, quem tinha pegado a namorada de quem. Eu queria colocar a atenção de volta na música dos Ramones. Mas tinha que provar que poderia fazer um bom álbum porconta própria.
G1 - Você consegue tocar as suas músicas novas no show ou todo mundo fica gritando 'hey ho, let´s go' [verso de 'Blitzkrieg bop', dos Ramones]?
CJ Ramone – Sempre vou tocar músicas dos Ramones nos shows, eu as amo. Faço um par de músicas de “Reconquista!”, um par do Bad Chopper, mas a base é Ramones.
G1 – Você leu a nova autobiografia do Johnny, 'Commando'? 
CJ Ramone – Sim, achei ótima, pena que é tão curta. Rápida como uma música dos Ramones. Ele morreu antes de terminar. É fria e prática em relação à história da banda, porque ele era como um homem de negócios. Mas se não fosse assim, o grupo certamente não teria durado 22 anos.
G1 – Ele diz que 'a única hora em que a banda funcionava, e ninguém estava infeliz, era no palco. Lá nos importávamos uns com os outros.' Você se sentia infeliz?
CJ Ramone - Eu sempre me dei bem com Johnny e Joey. Eram eles que tinham as suas diferenças. Estavam juntos há 20 anos, é muito tempo até para um casamento. E tinham muita história no passado. Sei que para eles não era tão divertido quanto para mim.
O ex-integrante dos Ramones, CJ, na turnê do álbum 'Reconquista!' (Foto: Divulgação)CJ Ramone na turnê do álbum 'Reconquista' (Foto: Divulgação)
G1 – Jhonny também fala de quando vocês descobriram, nos anos 90, que os Ramones, sem um hit nos EUA, eram amados na América do Sul. Como foi?
CJ Ramone - Fiquei maravilhado com quanto os fãs são apaixonados e loucos aí. Não era algo que esperávamos. É uma coisa engraçada o quanto as pessoas do Brasil e Argentina se identificam com os Ramones. Foi uma relação única. Não havia outro lugar assim para os Ramones. As pessoas entenderam a música, a mensagem e a energia de uma maneira diferente de outros lugares. Aí encontro tudo que o público devia ter.
Para nós, Elvis Presley, que levou a música negra para a América branca porque ele queria isso, era um punk. Jim Morrison, Johnny Cash, pessoas que fizeram as coisas do jeito delas, eram punks. Não necessariamente cabelo moicano, agulhas, anarquia e coisas assim."
CJ Ramone, músico
G1 – Marky Ramone vem tocar aqui no Brasil também, algumas semanas depois de você. É verdade que vocês não se falam mais? 
CJ Ramone - Nunca vi um show dele, não tenho mais contato. Não entendi o que aconteceu. Sempre mantive coisas pessoais fora da mídia. As pessoas me disseram que ele falou coisas de mim, mas não importa. Não sei qual foi o problema. Não presto atenção nessas coisas.
G1 – Você já disse que recebeu dois convites para entrar no Metallica. Como foi? Teve contato pessoal, fez algum teste? [A biografia do “Metallica”, de Mick Wall, descreve exaustivos testes da banda para encontrar um novo baixista.]
CJ Ramone – Não, o Johnny era amigo de Kirk Hammett, do Metallica. Nós tocamos com eles no festival Lollapalooza. Depois, Kirk falou com o Johnny que eles adorariam que eu fosse tocar com eles. Eu sou um grande fã da banda, adoraria ter entrado. Mas meu filho foi diagnosticado com autismo, tinha que cuidar dele.
CJ com os Ramones (à esquerda) em 1992 e sozinho no palco em 2012 (Foto: Divulgação/Danny Clinch)CJ com os Ramones (à esquerda) em 1992 e sozinho no palco em 2012 (Foto: Divulgação/Danny Clinch)
G1 – Os Ramones são o arquétipo de uma banda punk. Influenciaram muitos outros grupos, mas ao mesmo tempo viviam em um mundo paralelo, e tinham um líder conservador [Johnny]. O que a palavra 'punk' significava para vocês?
CJ Ramone – Eu e Johnny sempre conversávamos sobre isso. Nos EUA era diferente de outros lugares. Era fazer as coisas do seu jeito. Para nós, Elvis Presley, que levou a música negra para a América branca porque ele queria isso, era um punk. Jim Morrison, Johnny Cash, pessoas que fizeram as coisas do jeito delas, eram punks. Não necessariamente cabelo moicano, agulhas, anarquia e coisas assim. Isso é a versão europeia do punk. A versão americana era mais "f...-se, vou fazer do meu jeito". Não acho que ninguém possa dizer que Johnny Ramone não era um punk, mesmo sendo conservador. Ele nunca deixaria que ninguém ditasse o que ele deveria pensar.
CJ Ramone no Brasil
Estância Velha (RS)
Quando: Domingo (16), 21h30h
Onde: Arena Palco 7 - Av. Presidente Vargas, 2466 - Rincão dos Ilhéus
Quanto: R$ 25 a R$ 50,00 - blueticket.com.br

Rio de Janeiro
Quando: Terça (18), 22h
Onde: Teatro Odisséia‎ - Avenida Mem de Sá, 66 - Lapa
Quanto: R$ 60,00: ticketbrasil.com.br

São Paulo
Quando: Quarta (19), 19h
Onde: Hangar 110-  R. Rodolfo Miranda, 110 – Metrô Armênia
Quanto: R$ 60,00 (1° lote) e R$ 100,00 (na porta) - ticketbrasil.com.br

Brasília
Quando: Sábado (21), 22:30h
Local: Arena Futebol Club - Sces Trecho 3 S/N Lt 1
Quanto: R$ 20,00 - Veja pontos de venda.
Goiânia
Quando: Domingo (22), 0h
Onde: Bolshoi Pub - Rua T-53 - Setor Bueno

Quanto: R$ 50,00 (meia) e R$ 60,00 (na porta) - Veja pontos de venda.
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sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Cobertura com 360m² de frente para o Parque Águas Claras

Residencial Riviera dei Fiore

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Muito Conforto e lazer de frente ao Parque. Traga sua família e venha morar no Residencial Riviera dei Fiore!

Linda cobertura linear com 360m², no melhor residencial de Águas Claras - DF.

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Cobertura com 360m².

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Confira também as opções de apartamentos de 4 quartos a partir de 139m² a 168m².
Para maiores informações:
(61) 9160-8300 e (61) 9948-9287

Thiago Santtos

terça-feira, 28 de agosto de 2012

Salário de até R$ 100 mil faz crescer número de corretores em Goiás


Segundo Creci, número de profissionais cresceu 61,95% nos últimos 3 anos. Ex-corretor, dono de incorporadora diz que é preciso determinação.



Acordar cedo, ser organizado, ter bons contatos e autoconfiança. Essas são características esperadas de um corretor de imóveis. O ramo possibilita o profissional estabelecer seus horários de trabalho e permite um ganho mensal que varia de R$ 2 a R$ 100 mil. Dados do Conselho Regional de Corretores de Imóveis de Goiás (Creci-GO) revelam que o número de profissionais da área em Goiás cresceu 61,95% nos últimos três anos - enquanto em 2009 eram 8.413 inscritos no Creci, até agosto de 2012 já são 13.625 filiados.

Paulo Roberto da Costa é dono de uma incorporadora que atua no estado há 35 anos. Ele começou como corretor, mas, antes disso, atuava na área alimentícia. “Trabalhava em uma lanchonete vendendo sucos e vitaminas. Via que aquela atividade não oferecia oportunidade de crescimento e preferi procurar algo que se parecia mais comigo”, diz o empreendedor.

Paulo, que quando começou como corretor tinha uma sala de 16m² no centro de Goiânia, diz que o consumidor de hoje é mais exigente: “Naquela época o corretor não tinha qualificação e preparação. Mas também não tinha nenhum pré-requisito para que ele entrasse no mercado. A grande diferença é que hoje o profissional tem de ter qualificação para estar no mercado e ter sucesso. Tem de saber de desenho técnico, economia, noções de construção e outras coisas”.

Nós últimos três anos, a quantidade de imobiliárias também aumentou de forma significativa (27%). São 1.051 empresas registradas no estado em 2012, contra 823 em 2011. Kristianne Araújo, de 37 anos, é uma das pessoas que optou pela corretagem. Ela tem dois filhos, de 2 e 4 anos, e é formada em administração.

A flexibilidade de horário foi o que pesou na hora de escolher em que ramo atuar. Kristianne trabalha cerca de 6 horas por dia e o ganho médio é de R$ 3 mil por mês. Para ela, “o retorno é muito satisfatório”. “Pretendo continuar na área e já estou olhando maneiras para me especializar mais ainda”, afirma a Kristianne, que trabalha como corretora há um ano.

Profissionalização

Antes da década de 80, qualquer pessoa podia exercer livremente a profissão de corretor. Mas, com a Lei dos Corretores de Imóveis, aprovada em 12 de maio de 1978, a profissão - homenageada no dia 27 de agosto - passou a ser regulamentada e os profissionais foram reunidos nos Conselhos Regionais.


Paulo Roberto Costa começou como corretor (Foto: Divulgação/Mauro Júnio)

Uma resolução do Conselho Federal dos Corretores de Imóveis (Cofeci) determina a escolaridade mínima de 2º grau para os novos corretores de imóveis. A partir de 2000, todos os futuros corretores precisaram concluir o Curso de Técnico em Transações Imobiliárias, com duração de 6 meses. Existe também a formação de nível superior, por meio da graduação tecnológica em Gestão Imobiliária, que dura entre 2 e 3 anos.

“Tem que acordar cedo, ter bons contatos, determinação, ser autossuficiente e acreditar muito em si mesmo. Como não existe salário fixo, o corretor tem que acreditar muito que ele vai conseguir fazer seu próprio ganho. A pessoa acomodada não serve para ser corretor”, diz Paulo Roberto Costa.

Para ele, o mercado imobiliário ainda tem muito a crescer. “Ainda existe um déficit habitacional muito grande que tem de ser corrigido. Antes, pouca gente tinha condições de comprar, hoje, tem abundancia de financiamento e muita gente está saindo do aluguel para a casa própria. Só não terá mais o que vender quando todos tiverem suas casas próprias”, acredita o empresário.

Por: Humberta Carvalho Do G1 GO

Fonte: G1

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Vale a pena comprar imóvel pequeno para alugar?


Exame -

Obter um bom retorno no mercado de locação residencial tornou-se mais difícil com o atual patamar de preços



A alta de preços tem levado a lançamentos de imóveis cada vez menores


São Paulo – Imóveis compactos de um ou dois quartos e até 60 metros quadrados costumam ser bastante procurados tanto para compra quanto para locação em grandes cidades como Rio e São Paulo. Isso significa que comprar imóveis com esse perfil para alugar em grandes capitais é um ótimo negócio, certo? Não necessariamente. Os preços altos dificultaram a obtenção de bons retornos com os aluguéis, ao mesmo tempo em que a legislação e a economia já não ajudam. Mas em alguns casos pontuais, o investimento ainda pode ser vantajoso, como no caso dos imóveis de excelente localização.

No primeiro semestre deste ano, 52% dos imóveis comercializados na capital paulista tinham dois dormitórios. Embora não haja dados nesse sentido, a demanda de imóveis compactos para locação no segmento residencial também é relativamente alta, segundo pessoas com experiência no ramo imobiliário. Porém, a demanda dos que compram para alugar, dizem especialistas, é significativamente menor que a demanda de quem compra para morar.

“Ainda não há um grande volume de investidores no segmento residencial no Brasil. O mercado, em geral, é voltado para uso próprio. O que se encontra, muito frequentemente, são pessoas que herdaram imóveis ou que querem um imóvel maior que o atual, mas que ainda não precisam vendê-lo. Elas simplesmente compram um novo e alugam o antigo”, explica Mark Turnbull, diretor do Secovi-SP, o sindicato da habitação de São Paulo.

Existem alguns motivos para isso. De acordo com especialistas ouvidos por EXAME.com, a legislação brasileira é limitadora, por proteger demais o inquilino residencial. “Isso faz com que os imóveis residenciais não sejam dos produtos mais interessantes. Do ponto de vista de investimento, os comerciais fazem mito mais sentido. Imóvel residencial não é um grande negócio no Brasil”, diz João da Rocha Lima, coordenador do núcleo de Real Estate da Poli-USP.

Os prós dos “mini-imóveis”

Investimento menor. Nesse contexto, os imóveis compactos de um e dois quartos e as quitinetes têm alguns trunfos em relação aos imóveis maiores. Além de serem mais buscados para locação, é mais fácil conseguir uma boa remuneração sobre o investimento inicial, uma vez que os valores absolutos dos compactos são significativamente menores que os preços dos mais amplos.

“Na compra, considera-se o preço por metro quadrado. Já o aluguel não é tão sensível a isso. Portanto, para o bolso do comprador faz diferença comprar um imóvel de 50 ou de 65 metros quadrados. É isso que altera a relação da remuneração e do investimento. Já o aluguel tem a ver com o valor máximo que o inquilino pode pagar por mês, mas para ele tanto faz morar em um imóvel de 50 ou 65 metros quadrados”, explica o economista Luiz Calado, vice-presidente do Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças (IBEF) e autor de livros sobre fundos e imóveis.

Velocidade de locação. Não existem dados sobre vacância de imóveis residenciais do mercado como um todo, mas o Secovi-SP, por exemplo, aufere a velocidade de aluguel das unidades por número de dormitórios. Em julho, imóveis de um quarto levaram de 15 a 22 dias para serem alugados em São Paulo, enquanto que os de dois quartos levaram de 21 a 24 dias. Já os de três dormitórios demoraram pouco mais de um mês para serem alugados.

Público. Os pequenos imóveis se beneficiam ainda da mudança de perfil na população brasileira. Os inquilinos e os compradores desse tipo de bem normalmente são jovens solteiros que moram só ou com amigos, casais com um ou nenhum filho, universitários que mudam de cidade para estudar, divorciados, solteiros convictos, solteiros e casais não heterossexuais (LGBTs), além de casais idosos e viúvos.

“As famílias estão reduzindo de tamanho, os jovens estão saindo de casa mais cedo e os idosos querem morar sozinhos, ainda que perto dos filhos. É o que se chama de família em mosaico”, diz Leonardo Schneider, vice-presidente do Secovi-RJ. “O grupo dos idosos particularmente deve crescer nos próximos 10 ou 20 anos, já que está ocorrendo o envelhecimento da população brasileira”, diz Luís Paulo Pompéia, diretor da Empresa Brasileira de Estudos de Patrimônio (Embraesp).

Além desses públicos, que se voltam para os imóveis populares e de classe média alta, existe ainda um público de alto padrão para imóveis de um dormitório já nem tão compactos assim. São apartamentos em edifícios de luxo, que chegam a ultrapassar os 100 metros quadrados, normalmente alugados por grandes empresas para seus executivos. De acordo com Pompéia, este segmento tem despontado nos últimos três ou quatro anos e conta com imóveis que chegam a valer mais de 1.000.000 de reais. Em São Paulo, os empreendimentos costumam se concentrar em bairros valorizados como Itaim, Jardim Europa, Ibirapuera e Vila Nova Conceição..

Oferta escassa. Um fator que em tese é benéfico para os imóveis de um dormitório e as quitinetes é a oferta ainda reduzida desse tipo de imóvel. Em São Paulo no mês de junho, por exemplo, o número de unidades de um quarto ofertadas (2.893) não chegava nem à metade do número de unidades de dois quartos ofertadas (6.499).

A escassez é grande no Rio. De acordo com o vice-presidente do Secovi-RJ, as construtoras realmente focam pouco nesse tipo de imóvel na cidade. “Há poucos lançamentos e uma grande demanda reprimida. Com o projeto Porto Maravilha, o Centro se tornou uma região interessante para esse tipo de empreendimento, uma vez que seu público busca fácil acesso a serviços e transporte. Quitinetes em Copacabana, Flamengo e Tijuca, por exemplo, são vendidas e alugadas com facilidade”, diz Leonardo Schneider.

Os contras dos “mini-imóveis”

Altos preços. Os especialistas ouvidos por EXAME.com alertam, porém, que o investimento em imóveis residenciais, que já era complicado por conta das questões legais, se tornou ainda mais arriscado com a recente alta nos preços e com as atuais perspectivas econômicas. Mesmo os imóveis menores, mais baratos em termos absolutos e com mais saída para venda e locação, foram atingidos por esse novo cenário.

Conseguir uma renda de aluguel que valha a pena ficou ainda mais difícil. Considera-se que, para o segmento residencial, o aluguel deva corresponder a, no mínimo, 0,6% ao mês do valor investido – o que já é baixo, considerando-se que a caderneta de poupança rende cerca de 0,5% ao mês. Em locais onde os preços dos imóveis já estão exorbitantes, os aluguéis teriam que ser muito altos para compensar o investimento. Mas o limite do valor do aluguel é a renda do inquilino.

No Rio, por exemplo, o valor médio de um apartamento de um dormitório na Tijuca, na Zona Norte, era de 300.000 reais em junho. Será que haveria um único inquilino disposto a pagar 1.800 reais ao mês de aluguel (0,6% do valor investido), mais IPTU e condomínio, tendo em vista que o bairro, apesar da boa localização, não fica assim tão perto da orla nem das áreas mais nobres da cidade?

Crédito abundante. Outro fator que pode dificultar a vida dos locadores é a facilidade de comprar um imóvel pequeno. Embora o público-alvo desses empreendimentos quase sempre esteja em uma situação temporária, o que pode tornar a locação mais vantajosa, o acesso ao crédito a juros baixos faz com que muita gente prefira comprar a alugar. “Hoje o valor da prestação muitas vezes se aproxima do valor do aluguel. Mesmo quem não tem tanta renda prefere comprar”, diz Luís Paulo Pompéia, da Embraesp. Ele lembra que programas como o “Minha Casa Minha Vida” facilitam a compra de imóveis compactos, de valor absoluto menor.

Geralmente quem compra o imóvel compacto, notadamente o de dois quartos, não está em uma situação tão transitória assim. “As pessoas estão perdendo a capacidade de comprar imóveis grandes ou em determinados bairros. Já as incorporadoras estão acomodando sua oferta à capacidade de compra da demanda, entregando imóveis menores”, diz João da Rocha Lima, da Poli-USP.

Menor potencial de retorno. Uma questão um pouco mais complexa é a do retorno do investimento. Comprar um imóvel residencial, ainda que compacto, neste momento, pode significar comprar na alta e, com isso, não obter uma boa taxa de retorno no longo prazo. A taxa de retorno é uma taxa média que inclui renda de aluguéis e valorização do bem. Com os preços tão altos, pode não haver mais tanto espaço para a valorização. Com isso, a renda de 0,6% ao mês pode não ser suficiente para tornar vantajoso o investimento em um bem que pode valorizar muito pouco ou mesmo desvalorizar.

“Geralmente as pessoas só olham a taxa de renda, que é o valor do aluguel sobre o valor do investimento. Mas aí você está considerando a hipótese de que o investimento está protegido no valor do imóvel e que este nunca vai desvalorizar”, explica João da Rocha Lima. Segundo ele, a taxa de retorno deve ser levar em conta um horizonte de uns 20 anos, e cerca de 30% dela é composta pela variação no valor do imóvel no período. “Ou seja, de cada 100 reais de retorno, 70 virão dos aluguéis e 30 virão da possível valorização”, diz Lima.

Além de os preços já terem subido bastante, as perspectivas econômicas para os próximos anos não sugerem que a valorização continuará em ritmo tão forte, assim como a renda da população pode não subir tão vigorosamente. Isso pode representar altas mais modestas e mesmo desvalorizações, assim como períodos maiores de vacância entre um inquilino e outro. O cálculo da taxa de retorno, que pode ser feito por um especialista na área, leva em conta tudo isso.

“É improvável que a realidade de hoje se repita pelos próximos 20 anos”, diz o professor. Segundo suas projeções, um retorno bruto de 9% ao ano em um imóvel residencial pode representar um retorno líquido antes de IR de 3% a 4,5% ao ano. Se o valor se enquadrar na faixa mais alta de IR, haverá ainda uma mordida de 27,5% da rentabilidade.

É bom para quem, afinal?

Quem herdou um imóvel, já aluga um compacto há um bom tempo ou pretende alugar o antigo após comprar um novo não terá grandes problemas em relação ao retorno. No primeiro caso, o investimento inicial não foi feito pelo atual proprietário; no segundo, o proprietário já se valeu da valorização recente e ainda pode optar entre vender ou continuar com a renda; e no terceiro, a compra não havia sido feita com o objetivo de investimento. Pode ser que, nesses casos, o aluguel seja rentável, especialmente se o imóvel for bem localizado.

Quem pretende comprar um imóvel residencial para locação, porém, terá mais trabalho. Tente achar pechinchas em bairros bem localizados e próximos a comércio, serviços e transporte público, pois estes fatores são cruciais para os locatários de imóveis compactos. Para Luís Paulo Pompéia, o segmento de alto padrão voltado para executivos pode ter boas oportunidades para quem tem bala na agulha.

Caso o imóvel fique vago por muito tempo e se localize em uma cidade com potencial turístico, uma possibilidade é destiná-lo ao aluguel para temporada, lembra Luiz Calado. “Outra ideia é considerar as quitinetes das cidades de interior, localizadas próximo a universidades. Mais baratas, elas podem ser alugadas para estudantes”, diz Calado.

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Como é o imóvel ideal para investir ou para morar



Especialistas dizem que investidores devem prestar mais atenção ao valor do aluguel e ao potencial de valorização de uma região


Por Gabriella D'Andréa 
prédios - construção civil
SÃO PAULO – A compra de imóveis é uma tradição entre os brasileiros. O bem sempre foi visto como uma forma de consolidar o patrimônio e ter a segurança de investir em um ativo real, que ainda pode gerar receitas mensais com aluguel. Mas comprar um imóvel com objetivo de morar ou com a finalidade de investir tem suas diferenças. Em primeiro lugar, quem já tem um imóvel e quer adquirir outro para obter renda precisa procurar empreendimentos que garantam um retorno maior, independentemente da sua localização ou do tamanho.
Os apartamentos menores, por exemplo, são mais fáceis de serem alugados e costumam gerar receitas mais interessantes em relação ao investimento. De acordo com um levantamento do portal imobiliário VivaReal feito a pedido do InfoMoney, os apartamentos de 1 e 2 dormitórios, com metragem entre 40 e 90 metros quadrados são os mais procurados para locação.
Justamente por isso, eles têm uma taxa de vacância (desocupação) menor e também garantem um retorno proporcionalmente mais elevado.
Outra opção bastante recomendada para quem deseja investir em imóveis é olhar para as salas comerciais. Apesar de serem mais caras, elas possuem menores taxas de inadimplência. O profissional que a aluga costuma possuir uma receita mensal com o negócio para pagar o aluguel e, como aquela é a sua fonte de renda, ele dificilmente ficará inadimplente a ponto de ser despejado. Além disso, costuma ser mais fácil negociar esses imóveis. “O imóvel comercial pode se mostrar mais vantajoso em alguns casos por conta da sua melhor liquidez”, explica o professor de economia Claudemir Galvani, da PUC.
Pesquisa de campo
De acordo com o presidente da consultoria Canal do Crédito, Marcelo Prata, quem quer investir em imóveis deve fazer uma pesquisa com corretores e analisar as áreas de maior potencial de crescimento da cidade. “Para quem espera que o investimento retorne na valorização do imóvel, isto é muito importante”, diz.
Se o objetivo do investimento for obter retorno com o aluguel, também é preciso se atentar para a demanda, ou seja, pelos inquilinos em potencial. “O ideal seria comprar com o inquilino em vista para ter uma rentabilidade imediata. Caso contrário, o imóvel pode não ser alugado no mesmo momento e o investidor ficará algum tempo sem ter retorno nenhum”, explica.
O professor da PUC também aconselha que o investidor ande pela região e veja como está a oferta de imóveis no bairro. “Ao avaliar um imóvel é sempre bom ficar atento se existem outros apartamentos para vender e alugar na região, pois se esse número for pequeno significa que a demanda no local também pode ser pequena”, reforça Galvani.
Outro ponto importante é se questionar sobre a rentabilidade que você espera do imóvel. Dependendo da região, é possível cobrar até 0,5% do valor do imóvel. “Para descobrir essa porcentagem, é essencial fazer uma pesquisa de campo para saber quanto os outros locatários estão cobrando na região escolhida”, sugere Prata.
Imóvel para morar
Já quem procura um imóvel para morar deve levar em consideração outros aspectos, focando principalmente na qualidade de vida da sua família. Ao avaliar um imóvel para viver é preciso olhar o comércio ao redor, o deslocamento até o local de trabalho e a segurança que aquela região possui.
“A comodidade e praticidade que o imóvel pode trazer ainda são fatores determinantes na hora da escolha. Morar perto do trabalho e da escola dos filhos pode trazer uma economia muito grande no orçamento familiar”, disse Marcelo.
O estado de conservação do imóvel é outro ponto que o comprador precisa estar atento. Se o apartamento ou a casa for muito antigo, o proprietário terá que arcar com os custos, por isso é sempre bom verificar as instalações do local para ver se não há muitos problemas. Uma dica, nesse caso, é chamar um engenheiro para fazer uma avaliação.
“Também é importante checar se está no momento certo para comprar o imóvel. Em épocas de hiperinflação é a forma mais concreta de você não perder dinheiro, mas se você estiver no começo da vida de casado ou se acabou de trocar de emprego, pode não ser um bom momento”, conclui Prata.

InfoMoney

sábado, 18 de agosto de 2012

O que os compradores de imóvel querem?


Imovelweb -

Infraestrutura local e lazer do condomínio são determinantes na hora de 
efetivar a compra do imóvel


Prédios em construção em Santos: segundo consultor, existe uma
demanda significativa de compradores do primeiro imóvel impulsionados 
pela melhoria do poder aquisitivo


São Paulo - Há anos o mercado de imóveis passa por readequações para
atender aos anseios de uma parcela da população brasileira que agora pode 
sonhar com compra de um imóvel. Com o preço do metro quadrado em 
torno de R$ 4 mil, os apartamentos ficaram mais compactos para atender a 
nova classe média. Além disso, diversos itens de lazer foram incluídos para 
chamar a atenção do comprador.

Francisco Diogo Magnani, presidente da MZM Construtora constata que “existe
uma demanda significativa de compradores do primeiro imóvel impulsionados pela 
melhoria do poder aquisitivo e as facilidades dos financiamentos imobiliários. Para 
este público, as opções de itens nas áreas de uso comum, aliadas à proximidade 
com o trabalho, a facilidade ao transporte público e um bom comércio local são 
requisitos fundamentais observados na hora de assinar o contrato”.

Magnani também esclarece que “os brasileiros almejam mais qualidade de vida e,
por isso, os condomínios-clube são uma tendência que vem sendo observada e 
adequada aos novos empreendimentos. Hoje, já é possível comprar um apartamento 
de qualidade a um preço acessível, que seja condizente com o segmento e com o 
espaço destinado ao lazer”.

Dentre as opções de lazer encontradas nos condomínios-clube estão academia,
quadra esportiva, varanda gourmet, brinquedoteca, espaço mulher, entre outras.

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Piscina no terraço será o elo entre prédios em Cingapura

Condomínio de luxo será inaugurado em 2016 e terá 38 andares

Quem não abre mão de nadar e não tem medo de altura, vai aprovar esta novidade. Um escritório de arquitetura norte-americano está construindo em Cingapura dois enormes edifícios interligados a uma piscina no terraço. O projeto batizado de "Sky Habitat" está previsto para ser inaugurado em 2016.

O condomínio residencial de luxo terá 38 andares, com cerca de 500 apartamentos, que terão entre um e quatro quartos. Os tamanhos dos imóveis irão variar entre 63 e 280m². Mas não será apenas a piscina que ligará os prédios. Duas pontes, uma no 14º andar e a outra no 26º terão a mesma função, mas não tão agradável quanto a dar algumas braçadas ao edifício vizinho.

Confira abaixo algumas imagens dos luxuosos e inusitados edifícios interligados por uma piscina no terraço:

A piscina, como se fosse uma ponte, ligará um prédio ao outro | Foto: Divulgação

Os edifícios, que estão sendo construídos em Cingapura, terão 38 andares | Foto: Divulgação

Quem tiver medo de altura, pode utilizar a piscina que existirá no térreo | Foto: Divulgação
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