quinta-feira, 18 de abril de 2013

Derrubada de árvores gera indignação, mas GDF mantém obras no Balão do Aeroporto.

Balão sem árvores 

Derrubada de árvores gera indignação, mas GDF mantém obras no Balão do Aeroporto
As árvores cinquentenárias do Bambolê da Dona Sarah, mais conhecido como Balão do Aeroporto, foram cortadas devido à reforma das vias que dão acesso ao Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek. Na repaginada, serão construídas passagens subterrâneas que ligam o balão de acesso ao terminal.

De acordo com o GDF, o objetivo é gerar mais fluidez no trânsito, para evitar engarrafamentos e garantir mais segurança a pedestres e motoristas. Moradora do Park Way, Carolina Rosa conta que nos horários de pico têm dificuldades em transitar pelo local. "Me programo para não sair ou voltar para casa nesses horários, porque sei que é impossível. Chego a ficar em torno de 30 minutos para conseguir chegar no balão do aeroporto", afirma.

Do que foi retirado do Bambolê, sobrou apenas a escultura Monumental Espaço Cósmico 81, de Yutaka Toyota. A obra é o primeiro investimento do programa federal PAC Copa, que realiza ações para adequar as cidades-sede das copas do Mundo e das Confederações. O investimento do governo federal foi de R$ 58,6 milhões.

O que para uns é uma boa alternativa para garantir melhor fluidez no trânsito, para outros é motivo de indignação. A deputada distrital Eliana Pedrosa divulgou em sua página oficial do Facebook um vídeo no qual critica a atitude do Departamento de Estrada e Rodagem do DF (DER-DF). Ela ressalta a falta de preocupação com o impacto ambiental. "Fazer uma obra desrespeitando a natureza não me parece a melhor medida a ser adotada. Brasília chora pela queda destas árvores”, critica.


O diretor-geral do DER, Fauzi Nacfur explicou que "as mudanças pretendem melhorar o fluxo do trânsito no local, que deve aumentar a partir dos próximos meses com a realização da Copa das Confederações". O DER  ainda informa que, após a conclusão dos trabalhos, prevista para abril do ano que vem, serão plantadas no mesmo local 8.360 mudas de variadas espécies do cerrado.

Uma das comunidades mais indignadas é a do Park Way. Muitos não se conformam com a derrubada. Dizem que o trajeto jamais será o mesmo. "O replantio das mudas demorará mais de 30 anos para se tornar o que é hoje. Não houve uma conversa prévia com o brasiliense, que foi pego de surpresa com o ato", diz Raimundo da Silva. 



Fotos: Pedro Ventura / Agência Brasília / Reprodução
Com informações da Agência Brasília

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