Ata do Copom sinalizou fim do ciclo de aperto monetário e agora curva de juros futuros pode inclinar para baixo
|9h30 | 16-04-2014
SÃO PAULO – As cotas dos fundos imobiliários
desabaram entre abril de 2013 e abril de 2014.
Exatamente neste período, não por coincidência,
houve também um ciclo de aperto monetário,
que levou a taxa Selic do menor nível histórico,
de 7,25%, para os atuais 11% ao ano, o que
prejudicou o setor imobiliário como um todo.
O Eldorado Bussiness Tower faz parte do BC Fund, do BTG
Pactual (Rodrigo Paiva)
No entanto, a ata da última reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) sinalizou que o ciclo de
aperto monetário pode ter chegado ao fim, o que é uma ótima notícia para o setor imobiliário. “Se o
ciclo terminar mesmo e a curva de juros futuros inclinar para baixo nós veremos um otimismo
generalizado com os fundos imobiliários, como tivemos no ciclo de afrouxamento monetário, entre agosto de 2011 e novembro de 2012”, afirmou Richard Rytenband, economista e especialista em
investimentos e métodos quantitativos pela FGV.
O especialista explicou que os FIIs são uma ótima oportunidade para investidores menos
qualificados também poderem investir em imóveis, pois este tipo de investimento quebra o
paradigma de que é preciso ser rico para entrar neste mundo.
FIIs – Fundos de Investimento Imobiliário
Para investir em FIIs, o investidor deve abrir uma conta em uma corretora e comprar e vender por
meio de um homebroker. Atualmente, existem fundos que custam a partir de R$ 100,00, sendo que o
valor de cota mais caro está em torno de R$ 4 mil.
Com os fundos imobiliários, o investidor ganha com a valorização da cota e com o rendimento dos
bens e direitos imobiliários, sem falar que ele pode ainda reinvestir a renda na compra de novas
cotas e deixar os juros compostos trabalharem.
Se compararmos o investimento direto em imóveis com os FIIs, veremos que, em quanto o primeiro
possui uma baixa diversificação de portfólio e risco concentrado de inadimplência, vacância e
desvalorização do patrimônio, os fundos têm muita diversificação e todos estes riscos pulverizados,
sem falar na liquidez, que é muito maior.
Como escolher o melhor fundo
De acordo com Rytenband, para escolher o melhor fundo imobiliário, o investidor deve,
primeiramente, evitar os que não têm cotas negociadas na bolsa de valores, pois apresentam um
risco maior. “Além disso, é importante escolher bem o gestor do seu FII. Para isso, dê preferências a
fundos que já estão há algum tempo em funcionamento e com uma carteira de imóveis
diversificada”, alertou.
O especialista também lembrou que um dos riscos deste tipo de investimento é o não pagamento
dos aluguéis por parte dos inquilinos, portanto, é bom evitar fundos ligados a hospitais ou imóveis
que uma ação de despejo seja um processo complexo. “Prefira fundos que possuem basicamente
imóveis comerciais e sempre verifique a composição da carteira do fundo”, finalizou.
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