terça-feira, 7 de agosto de 2012

Consumidores de imóveis de alto padrão decidem compra pela internet




De acordo com estudo realizado pela Imóvel A – Consultores Associados, imobiliária especializada em imóveis de alto padrão, a internet é utilizada como canal inicial para os negócios por 60% dos consumidores.

Além disso, indica a imobiliária, de cada cinco negócios fechados, três são iniciados por meio da rede mundial de computadores. “Temos constatado que é pela internet que conquistamos a venda. O acerto final do negócio é feito pessoalmente, mas a decisão da compra se dá via web”, explicou o sócio-diretor da imobiliária, Alexandre Villas.

Cuidados

O diretor segundo tesoureiro do Creci-SP (Conselho Regional de Corretores de Imóveis do Estado de São Paulo), Gilberto Yogui, concorda e ressalta que a internet tem se tornado cada vez mais um importante facilitador de vendas.

Contudo, diz ele, as pessoas devem observar alguns pontos ao buscarem imóveis por meio da rede. O primeiro deles, explica Yogui, é verificar a seriedade do portal, utilizando somente aqueles que possuem registro no Creci.

O diretor também sugere que as pessoas desconfiem de anúncios que não possuem fotos, pois pode ser um indício de problemas. “Quem quer vender deve disponibilizar o máximo de informações, então, quando não há fotos , é possível que o imóvel tenha algum problema de conservação, por exemplo”.

Assim, além das fotos, é importante que o consumidor preste atenção se o anúncio traz as seguintes informações: preço, valor do condomínio, do IPTU e se aceita financiamento, lembrando que nenhum negócio deve ser concretizado sem ter sido feita uma visita ao local e uma vistoria em pisos, parte hidráulica, elétrica, entre outros itens.

Fonte: UOL

sábado, 4 de agosto de 2012

Geladeira da vovó está na moda


Modelos antigos ganham lugar de destaque na decoração da casa - com pintura e aplicação de adesivo, viram até armários


VALÉRIA FRANÇA - O Estado de S.Paulo


Na onda retrô da decoração e do design, a geladeira da vovó virou peça moderna e descolada. Depois de receber uma nova pintura - a tendência é amarelo, laranja, verde e vermelho -, ela pode virar um armário para livros e até mesmo uma sapateira. Alguns modelos ganham adesivos; outros passam também por reformas mecânicas, e continuam na cozinha, preservando a comida fresca.
Há dois anos, o publicitário Tiago de Carli, de 26, ganhou um refrigerador da GE, da década de 1950. "Sempre gostei de modelos antigos. Meus pais acharam uma dessas em uma loja de usados, e resolveram me presentear", conta Carli que, mesmo sem conhecimento de mecânica, começou a reformá-la.
Quando acabou a obra, orgulhoso do resultado, postou a foto da geladeira em um blog. "Foi um sucesso. Muitos amigos e internautas começaram a pedir para que eu fizesse o mesmo com a geladeira deles", conta.
Com o aumento da demanda, ele resolveu abrir uma empresa artesanal de réplicas de modelos antigos, a Adélia Works.
"Fiz isso porque nem todo mundo fica satisfeito com a reforma. Algumas peças do interior do modelo original não podem ser recuperadas. E tem gente que não entende."
A Brastemp tem uma linha retrô. As geladeiras levam acabamentos arredondados e acessórios cromados, mas têm todos os recursos de funcionamento dos modelos atuais, como a tecnologia frost free. "Já a Adélia Works faz geladeira nos moldes antigos. Elas têm até congelador", conta Carli.
Da família. Há quem saia à procura de objetos velhos para restaurar, mas o mais comum é encontrar aquelas peças que contam histórias, foram deixadas de herança, por exemplo. "Tive uma cliente que me ligava todos os dias para saber da geladeira que estava aqui, que ela chamava de 'meu bebê'", diz Carlos de Lima, de 46 anos, proprietário da Pintura de Geladeiras, empresa especializada em reformas, na Freguesia do Ó, zona norte de São Paulo. "A geladeira nem era tão velha assim. Tinha 15 anos. Mas era um presente da mãe dela", diz.
Lima, que aprendeu o ofício com o pai, ex-funcionário da Frigidaire, dá dicas. "A tinta usada na reforma tem de ser automotiva. E ela deve ser feita em uma cabine livre de pó e depois secar em estufa a 36 graus." O custo do trabalho: R$ 1.400.
Quem quer ver modelos antigos já recuperados, para se inspirar, vale acessar o site Geladeira & Retrô. Com sede no Rio, a empresa tem em estoque 68 modelos e entrega em todo o Brasil. Há muitos achados, como um refrigerador da década de 1930 que parece um cofre.

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Esta é a hora certa de comprar


Imóveis: preço do m² sobe em SP e RJ, mas recua em BH e DF
Terra -



Valorização em São Paulo é a menor desde 2008

O preço médio do metro quadrado de apartamentos em seis capitais brasileiras e no Distrito Federal (DF) subiu 1,0% em julho, de acordo com medição da Fipe, levando em conta anúncios de imóveis prontos na internet. Embora tenha subido na média, Belo Horizonte e Distrito Federal apresentaram recuo ante o mês anterior, de -1,2% e -0,1%, respectivamente.

No acumulado em 12 meses, o acréscimo médio no preço do metro quadrado chegou a 17,1% no geral - valor inferior aos 18,4% registrados em junho. O destaque ficou para o Recife, que obteve alta de 25,9% no período - a maior valorização da pesquisa -, enquanto o Distrito Federal teve a menor, 7,7%.

São Paulo

Em São Paulo, a alta em julho foi de apenas 1,3% - a menor variação mensal já registrada desde 2008, de acordo com o estudo. A variação em 12 meses também atingiu o menor patamar: 18,8%. Os bairros com os maiores preços são Ibirapuera-Vila Nova Conceição (R$ 11.028) e Jardim Paulistano (R$ 9.605). Já os menores preços foram encontrados em Cidade A.E.Carvalho (R$ 2.670) e São Miguel Paulista (R$ 3.047).

Rio de Janeiro

A variação de 1,1% em julho segue abaixo da média registrada desde 2008 (1,7%) e a taxa acumulada em 12 meses (19,8%) é a menor desde 2009. O bairro do Leblon é o mais caro do País, segundo a pesquisa, com preço médio de R$ 18.046 por metro quadrado.
Confira os preços médios do metro quadrado em julho:
Distrito Federal - R$ 8.271
Rio de Janeiro - R$ 8.159
São Paulo - R$ 6.611
Recife - R$ 5.363
Belo Horizonte - R$ 4.805
Fortaleza - R$ 4.796
Salvador - R$ 3.761

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Filiais da MRV são incluídas em cadastro de trabalho escravo



Reuters -

 

Filiais da construtora MRV foram incluídas em cadastro do Ministério do Trabalho de empregadores que tenham submetido funcionários a condições análogas às de escravo, segundo a última atualização da relação.

A companhia, que teve dois projetos de condomínios residenciais no interior de São Paulo incluídos na relação, afirmou em comunicado ter sido "surpreendida com a inclusão de seu nome no cadastro (...) e está tomando todas as medidas e ações cabíveis para promover a exclusão de seu nome do cadastro".

Os projetos da MRV listados no cadastro são Residencial Parque Borghesi, em Bauru, e Condomínio Residencial Beach Park, em Americana.

"A MRV repudia veementemente qualquer prática que não respeite os direitos trabalhistas de colaboradores do seu quadro de empregados e dos quadros de seus fornecedores e parceiros", afirmou a empresa.

Segundo comunicado do ministério, na última atualização do cadastro, de 31 de julho, 118 nomes de empregadores infratores foram incluídos, seja de atuação no meio rural, como no urbano.

Para ter o nome retirado do cadastro de trabalho escravo, o ministério impõe como condição monitoramento direto ou indireto por dois anos para "verificar a não reincidência na prática do trabalho escravo e o pagamento das multas resultantes da ação fiscal".

"Apenas nove empregadores lograram êxito, nesta atualização, em comprovar os requisitos para a devida exclusão", afirmou o ministério. Desde julho de 2005, transitaram pelo cadastro 631 nomes, tanto de pessoa física quanto de jurídica.

terça-feira, 31 de julho de 2012

Nova classe média vira o alvo das construtoras


O Dia -
Thiago Santtos -

Empreendimentos são criados pensando nesta camada da população que busca seu primeiro imóvel próprio


Rio - Construtoras criam novas empresas ou até marcas para atender a nova classe média na compra da tão sonhada casa própria. Boa parte do mercado imobiliário, acostumado a investir em projetos de médio e alto padrão, passou a incluir em seu portfólio empreendimentos do segmento econômico e do programa ‘Minha Casa, Minha Vida’. A RJZ Cyrela, por exemplo, criou a Living, a Rossi apostou em marcas como Ideal e Mais e a João Fortes, Brookfield e Santa Cecília passaram a atuar neste perfil de projetos, mas mantiveram os nomes. Atualmente, mais uma construtora engrossa o time, a Pinto de Almeida Engenharia.

A empresa é conhecida por seus empreendimentos voltados para as classes A e B, como a linha ‘Chácaras’ em Niterói e o Juan Les Pins no Leblon. Agora, a construtora aposta em condomínios projetados especialmente para a nova classe média. Os empreendimentos são da ‘Portal’ e se caracterizam por unidades compactas, mas com conforto e em terrenos com boa localização e preços mais acessíveis, ou seja, até R$ 200 mil.

“Constatamos que havia forte demanda por imóveis com este perfil, impulsionada pelo crescimento da nova classe média no Brasil e pelas facilidades de crédito oferecidas pelos bancos e construtoras. Este público inclui recém-casados ou com filho pequeno, que estão deixando o aluguel e solteiros que saíram da casa dos pais”, diz José Francisco Vieira Coelho, diretor da Pinto de Almeida.

De acordo com ele, já foram lançados três portais, o de Pendotiba, entregue no mês passado e de Itaipu e do Sol, com 470 unidades.
Fachada do Portal do Sol, com preço médio de R$ 195 mil. O condomínio tem lazer completo e itens de sustentabilidade | Foto: Divulgação

Fachada do Portal do Sol, com preço médio de R$ 195 mil. O condomínio tem lazer 
completo e itens de sustentabilidade | Foto: Divulgação

Em Brasília a Brookfield Inc. já esta apostando na nova Classe Média. Lançou este mês o Point Residence situado na cidade satélite de Samambaia - DF. O empreendimento conta com apenas uma torre de 11 pavimentos e 88 apartamentos de 2 quartos.
Fachada do Point Residence, com preço médio de R$ 198 mil. O condomínio tem lazer 
e vagas de garagem cobertas | Foto: Divulgação

A Incorporadora  apostar muito na nova classe média e tem em Samambaia, novos projetos, pois a cidade tem muito o que crescer.

Arquitetura


Pode chamá-los de ‘Frankensteins’
Casa Vogue -

Conheça 10 edifícios onde o novo e o velho se unem

A lógica é clara: para se construir um edifício novo onde já existe um outro, é preciso demolir o anterior. Certo? Pense de novo. Pelo menos nos dez edifícios que listamos a seguir, o antigo e o atual convivem juntos sem criar problemas. Lado a lado ou em cima e embaixo - depende da vontade do arquiteto. Arquitetura, aliás, é o que garante harmonia a essas combinações, que, sem critério, poderiam bem ser verdadeiros Frankensteins urbanos. Para nossa, sorte, porém, são todos projetos premiados. Confira!


1. Museu de História Militar de Dresden, Alemanha
Autor: Daniel Libeskind


Famosa por sofrer um dos maiores bombardeios da 2ª Guerra Mundial, Dresden abriga o principal museu militar da Alemanha, justamente dentro de um antigo edifício do exército, construído entre 1873 e 1877 no melhor estilo neoclássico.

Com a reunificação do país, as Forças Armadas decidiram renovar a construção, promovendo um concurso de arquitetura cujo resultado foi divulgado em 2001. Dez anos depois, o projeto do polonês naturalizado norte-americano Daniel Libeskind foi construído.

A estrutura que ele criou, de 30 m de altura e 14.500 toneladas, recorta a fachada principal do prédio com impacto, na forma de um volume de aço e concreto que cria novos espaços expositivos, acrescenta um caráter contemporâneo ao edifício original, e remonta à memória de destruição e reconstrução da cidade.
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2. Pinacoteca do Estado, São Paulo, Brasil
Autor: Paulo Mendes da Rocha

Muitos são os títulos que colocam a Pinacoteca do Estado no topo da lista de museus brasileiros. Ali está, por exemplo a maior coleção de arte do século 19 do país. É também o primeiro museu de arte de São Paulo. E possui ainda um dos maiores acervos de pintura do Hemisfério Sul.

Mas a arquitetura também é motivo de interesse para quem visita o edifício. Projetado por Ramos de Azevedo e Domiziano Rossi, ele abrigou o Liceu de Artes Ofícios paulista entre 1905 e 1911, quando passou a sediar a Pinacoteca.

A tarefa de renovar a construção, no início da década de 1990, ficou a cargo de Paulo Mendes da Rocha (Pritzker em 2006), que atravessou seus andares com passarelas metálicas e iluminou seus espaços com claraboias e novas aberturas, sem alterar as centenárias paredes de tijolos.
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3. Museu de Arte de Akron, EUA
Autores: Coop Himmel(b)lau


Próxima a Cleveland, no estado norte-americano de Ohio, a cidade de Akron ganhou notoriedade em 2004, quando deu início à obra de renovação do museu de arte local, após um concurso de arquitetura vencido pelo estúdio austríaco Coop Himmel(b)lau.

Com quase 6.000 m² de área, o volume suspenso acrescentou ao conjunto, que até então ocupava um edifício de 1899, um espaço expositivo, além de auditório e cafeteria.

A construção se tornou símbolo de Akron não apenas por sua arquitetura, mas também porque o museu - até então pouco conhecido - tem um dos maiores acervos de arte dos Estados Unidos.
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4. Museu Municipal de Rapperswil-Jona, Suíça
Autores: :mlzd


A principal exigência do concurso de arquitetura realizado em 2007 para a expansão do museu de Rapperswil-Jona, na Suíça, foi preservar a fachada norte do edifício. Isso porque seus três volumes originais remontam à Idade Média, e formam um conjunto - visível a quilômetros de distância - que é símbolo da pequena cidade de apenas 26.000 habitantes.

Dessa forma, os arquitetos do escritório :mlzd criaram um volume que preza pela discrição e pelo diálogo direto com as construções medievais. Trata-se de um edifício de metal dourado que se amalgama com a pedra das antigas fachadas. Visível somente por quem visita o museu a partir de sua entrada voltada para o sul, a construção tem apenas 170 m² de área.
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5. Royal Ontario Museum Crystal, Toronto, Canadá
Autor: Daniel Libeskind


Um dos maiores museus da América do Norte, e principal centro canadense dedicado à cultura e à história natural, o Royal Ontario Museum é ponto turístico de Toronto, atraindo milhões de visitantes todos os anos.

Coube a Daniel Libeskind (mais uma vez) projetar a ampliação do edifício construído em 1912. Inaugurado em 2007, o volume de vidro e metal é todo recortado, e por isso acabou ganhando o apelido de Crystal.

Feita de 25% de superfícies envidraçadas e 75% de estruturas de alumínio, a construção mais recente praticamente não toca a antiga sede, criando nichos por onde os pedestres circulam sem efetivamente entrar no museu.
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6. Darwin Centre, Museu de História Natural de Londres, Grã-Bretanha
Autores: CF Møller


O Museu de História Natural de Londres figura, ao lado do Museu de Ciência e do Victoria and Albert, como uma das atrações do bairro de South Kensington. Conhecido por sua extensa biblioteca e pela exposição permanente de ossadas completas de dinossauros, ele ocupa uma construção de 1881 semelhante a um templo religioso.

Sua coleção de mais de 70 milhões de espécies de fauna e flora é administrada pelo Darwin Centre, cujo nome é uma homenagem a Charles Darwin, responsável pela coleta de boa parte desse acervo. Em 2008, o centro ganhou uma nova sede - um volume envidraçado, desenhado pelos arquitetos do estúdio dinamarquês CF Møller. Com oito andares, a construção abriga milhões de espécies botânicas e de insetos.
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7. Museu Enzo Ferrari, Módena, Itália
Autores: Future Systems


Inteiramente dedicado à vida e ao trabalho do italiano que criou a fábrica de carros mais famosa do mundo, o novo Museu Casa Enzo Ferrari divide-se entre um galpão restaurado – onde o mecânico nasceu e montou os primeiros veículos que levavam seu sobrenome -, e uma nova galeria, inteiramente construída com metal e vidro.

Projetado pelo arquiteto inglês Jan Kaplicky, do estúdio Future Systems, o novo edifício reflete fielmente o design dos carros da Ferrari: os 10 recortes do telhado (feito do mesmo alumínio usado nos automóveis) imitam as entradas de ar presentes no capô traseiro de diversos modelos da marca. E o tom de amarelo escolhido (a cor oficial de Módena) é exatamente o mesmo que colore a lataria dos veículos, além de ser o pano de fundo do Cavallino Rampante.
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8. Hearst Tower, Nova York, EUA
Autor: Norman Foster


Sede da Hearst Corporation, a torre novaiorquina abriga as equipes de revistas famosas, como a Cosmopolitan e a Esquire. Concluído em 1928, o primeiro volume teve projeto do arquiteto Joseph Urban e abrigou, desde sempre, o conglomerado de comunicação que dá nome ao edifício.

Norman Foster é o autor do projeto da segunda torre, erguida sobre a primeira, e concluída em 2004, sendo um dos primeiros edifícios de Nova York a receber o certificado LEED de sustentabilidade. Com capacidade para 2.000 novos postos de trabalho, a ampliação tem soluções como reaproveitamento de água da chuva e 80% de aço reciclado em suas estruturas.
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9. CaixaForum, Madri, Espanha
Autores: Herzog & de Meuron


Próximo ao famoso Paseo del Prado, o CaixaForum Madrid é um centro cultural patrocinado pelo banco catalão La Caixa, que rapidamente se converteu em um dos museus mais visitados da capital espanhola. O acervo, que vai de pinturas medievais até arte contemporânea, certamente atrai muitos visitantes. Mas seu projeto de arquitetura, concebido pelos suíços Herzog & de Meuron, também é um fator de atração.

Três elementos distintos estabelecem o caráter marcante do edifício. A começar pela parede do volume lateral, toda forrada com um jardim vertical projetado pelo paisagista francês Patrick Blanc. Em seguida, pelo corpo que abriga o espaço expositivo - no nível térreo, uma antiga central de eletricidade do século 19, e, sobre ela, a marcante extensão revestida com aço oxidado, cujo tom avermelhado pode ser avistado a longas distâncias.
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10. Ontario College of Art & Design, Toronto, Canadá
Autor: Will Alsop


Mais antiga e tradicional escola de arte e design da cidade, o Ontario College of Art & Design é uma entidade pública, e ocupa uma série de pequenas edificações dentro do campus, no coração de Toronto.

Desde 2004, o local abriga um dos mais notáveis projetos de arquitetura contemporânea, o Sharp Centre for Design, de autoria do britânico Will Alsop. Com quatro pavimentos, a caixa suspensa mantém-se sobre uma série de finas colunas multicoloridas, cada uma delas voltada para um ângulo diferente. A obra, cujo custo estimado supera os US$ 42 milhões, tornou-se outro dos principais pontos turísticos da cidade.

Reforma

Reformas que valem um apê
O Globo -

Obra e decoração podem sair pelo valor de um pequeno imóvel na Zona
Sul


Obra em cobertura de luxo na Barra, executada pelo arquiteto Jairo de
Sender, deve consumir o mesmo valor pago pelo proprietário no imóvel -
LEO MARTINS


Os preços de casas e apartamentos subiram? Pois o custo de reformar
e mobiliar também. Segundo arquitetos, um projeto que inclua obras e
decoração sai hoje, em média, por 30% do valor do imóvel. Com isso, o
gasto para o proprietário pode ser equivalente ao necessário para comprar
outro apartamento. Mesmo que menor e num bairro diferente.

Além do quebra-quebra em si e da mão de obra, a grande vilã da reforma é
a marcenaria. Em lojas de modulados que fazem armários sob medida, os
valores para mobiliar um três-quartos e a cozinha são, muitas vezes, os
mesmos que os de pequenos imóveis conjugados em bairros como Flamengo
e Laranjeiras: cerca de R$ 250 mil. E, se além dos modulados, a compra incluir
estantes, painéis, racks para tevês e armários para banheiro, parece não haver
limites para esses valores. Numa cobertura de 600 metros quadrados na Barra,
decorada pela arquiteta Patricia Fiúza, por exemplo, foram gastos cerca de
R$ 570 mil na marcenaria de três quartos, sala e home-theater. Valor que
compra um quarto e sala com dependências em Copacabana ou no Leme e
até um dois-quartos em Botafogo e no Flamengo.

— De maneira geral, armários e marcenaria custam 50% do valor da decoração.
São produtos com muitas tecnologias embutidas nas portas e gavetas. E, quanto
mais sofisticados, mais caros — explica a arquiteta.

A despesa com mão de obra é outra grande responsável pelo encarecimento
das reformas. Só nos seis primeiros meses deste ano, esse custo subiu cerca
de 10,35% no setor da construção civil, o que acaba impactando também os
salários de profissionais autônomos, tanto os formais como informais.

— Os profissionais estão aproveitando o aumento da demanda, o aquecimento
do mercado — ressalta Antonio Carlos Mendes, diretor executivo do Sindicato
da Indústria da Construção Civil (Sinduscon-Rio).

E Mendes está certo. Um pedreiro ou pintor que, no início do ano passado, cobrava
uma diária em torno de R$ 80, atualmente pede até R$ 150. Ajudantes de pedreiro
tiveram a diária dobrada: de R$ 40 para R$ 80.

— Hoje, a gente precisa chorar muito para conseguir uma redução. O jeito é baixar
a margem de lucro — conforma-se o empreiteiro Eduardo Moraes.

No geral, o valor médio a pagar por uma obra de padrão mediano varia entre R$ 1.500
e R$ 2 mil, o metro quadrado. Fora o projeto do arquiteto, que cobra de acordo com o
que for feito, mas está saindo entre R$ 100 e R$ 200, o metro quadrado.

— O tipo de material a ser usado deve ser compatível com o padrão do imóvel. A pia
da cozinha, por exemplo, pode ser de granito São Gabriel (o mais barato) ou silestone. 
Basta saber se vale a pena investir no que é mais caro — destaca o arquiteto Marcelo 
Possidônio.

Mas quando o imóvel vale o investimento em melhorias e materiais de melhor qualidade,
céu pode ser o limite.

Alto luxo pode dobrar valor de reforma

Você quer voar de econômica, executiva ou primeira classe? É com essa pergunta
que arquiteto Jairo de Sender costuma começar as reuniões com seus clientes. 
Parece uma brincadeirinha, mas a resposta é essencial para o sucesso da obra.

— O que vale é o que a pessoa tem como sonho. Não mexo no bolso do cliente.
É ele quem define o que quer e a primeira classe sempre vai ter confortos que a 
econômica não tem —  avalia de Sender.

E esse custo, do alto luxo, pode chegar ao valor do próprio imóvel. Além da
marcenaria, projetos exclusivos de iluminação e automação costumam encarecer 
bastante o projeto.Na reforma de um apartamento de quatro quartos no condomínio 
Península, as arquitetas Claudia Pimenta e Patricia Franco devem gastar cerca de 
R$ 600 mil, o que inclui equipamentos e armários de cozinha e quartos, iluminação 
automação apenas, já que o imóvel é novo. Já a obra de uma cobertura na Barra, 
executada por de Sender, está custando o mesmo valor do imóvel, segundo seu 
proprietário. Ali, só a iluminação deve custar R$ 90 mil (fora lustres e luminárias 
decorativas) e ainda tem armários (R$ 230 mil), spa (entre R$ 35 mil e R$ 80 mil) 
todo o mobiliário. As cadeiras da sala de jantar, que são oito, por exemplo, vão 
custar entre R$ 1 mil e R$ 3 mil, cada uma, a escada que liga os dois andares do 
imóvel dúplex será toda de mármore, e ainda devem entrar obras de arte, objetos de 
design assinado...

— A reforma tem fatores imutáveis que são as necessidades de boas instalações
elétricas hidráulicas. Na decoração, o cliente pode escolher se quer Zara ou Prada — 
compara de Sender.

Quando o dinheiro é mais curto, a opção é investir nas melhorias estruturais e comprar
peças de decoração mais básicas que podem ser trocadas depois.

— Tenho clientes que moram na Lagoa e compram sofás de mil reais. O importante é
não abrir mão da qualidade da mão de obra e dos materiais — ensina Marcelo Possidônio
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