quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Ya Know, novo CD de Joey Ramone


Este ano será lançado uma nova coleção de demos inéditas do falecido Joey Ramone, com músicas escritas para osRamones e também para seu projeto solo.
"Ya Know?" terá dezessete músicas, incluindo "Rock & Roll Is the Answer", "New York City" e "Waiting for That Railroad".
 
O álbum será lançado no dia 17 de maio e será o primeiro desde "Don’t Worry About Me, Joey" (2002), sua primeira coleção póstuma.
 
Ramone faleceu em 2001 em consequência de um linfoma.
 
As faixas de "Ya Know?" foram finalizadas com a ajuda de Joan Jett, Steven Van Zandt (da E Street Band de Bruce Springsteen), Richie Ramone e de membros do Cheap Trick.
 
"São pessoas que foram verdadeiros amigos de Joey", disse o produtor do álbum, Ed Stasium, que concluiu as faixas em Nova York em 2010

Rostos na rua


Rostos na rua

O artista canadense Dan Bergeron resolveu dar uma “cara” para as cidades em sua obra “Face Of The City”. Também conhecido como Fauxreel, Bergeron pinta rostos sobre muros diversos, criando um efeito interessante ao misturar sua arte com a paisagem urbana.
Segundo ele, “sobrepor o charme abrasivo encontrado nas superfícies das cidades modernas com a familiaridade íntima do conteúdo proeminente da face humana é uma forma de examinar a identidade das cidades”. O belo trabalho pode ser visto em seu site.








Arte francesa com Limões e Laranjas

Festival francês reúne arte feita com limões e laranjas

Na França acontece anualmente o Festival do Limão, em Menton. O “Fête du Citron”, como é chamado em francês, está em sua 79ª edição e reúne aproximadamente 230 mil pessoas em uma espécie de Carnaval local.
O que impressiona no festival são as incríveis esculturas feitas de limões e laranjas, representando as mais variadas figuras. A edição deste ano começou no dia 17 de fevereiro e vai até 7 de março. Você encontra mais imagens e informações no site do evento

Arte em Madeira

Tommy Craggs, o escultor de “guerrilha”

Nas últimas semanas, em uma área verde situada em Knaresborough, na Inglaterra, três esculturas talhadas em árvores apareceram sem que o artista fosse revelado. O jornal Daily Mail disse que o escultor era um “artista de guerrilha no estilo Banksy”. As incríveis esculturas misteriosas representam um mago, um pássaro e um dragão no tronco de árvores.
A identidade do escultor misterioso foi descoberta pela BBC. O artista Tommy Craggs realiza seus trabalhos utilizando uma serra elétrica e viaja criando suas obras em árvores representando todos os tipos de criaturas místicas e míticas. Em sua galeria online você pode acompanhar mais trabalhos incríveis de Craggs, que muda o visual de árvores mortas, transformando-as em verdadeiras obras de arte.
Por: Blog Brookfield Inc.


segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Falência da Encol


O Caso Encol, visão da revista Exame – a grande lição para o mercado imobiliário

Por Denis W. Levati

O alarmante título de capa da última edição da revista Exame: Imóveis, um mercado sob suspeita impactou e causou desconforto àqueles que trabalham no mercado imobiliário devido principalmente a um dos subtítulos: O fantasma da Encol: qual o (real) tamanho do risco para os compradores?



Capa da Edição 1010 da Exame

Para o alívio de quem compra, vende ou de quem tem sua vida profissional ligada ao mercado imobiliário, o conteúdo da matéria é muito mais instrutivo e bem menos assustador quanto ao perigo que a capa sugere. Sobre a possibilidade de um ‘novo caso Encol’ a reportagem assinada por Naiana Oscar diz que é pouco provável (...). Ainda que algumas empresas tenham problemas financeiros, a chance de os clientes perderem tudo é baixíssima.
Mas então por que tanto medo? Por que a Encol causa calafrios em quem compra ou vende imóveis? Porque falar da Encol expõe as nossas feridas. Em seu auge a empresa fora a maior e mais importante construtora do país, faturava quase 2 bilhões de reais por ano (em valores atualizados), empregava 23 mil pessoas e construiu mais de 100 mil apartamentos. Sua falência foi o mais duro golpe na credibilidade do mercado imobiliário brasileiro devido a sua conseqüência mais sombria: o abandono a própria sorte de 42 mil clientes que estavam pagando e aguardando por seus apartamentos.

http://www.youtube.com/watch?v=UGqycycHXjU&feature=player_embedded

No que tange ao marketing imobiliário, a Encol fez jus ao status de maior empresa de seu setor e produziu milhares de anúncios em jornais e revistas para divulgar seus empreendimentos pelo Brasil. É muito difícil abrir uma publicação entre meados das décadas de 1980 e 1990 e não encontrar um anúncio da Encol. Na televisão, as propagandas da construtora eram em sua maioria institucionais, convidando o espectador a investir em um imóvel da empresa. Ao longo de pelo menos duas décadas, a Encol construiu a imagem de uma empresa forte, estruturada e que deu a classe média a possibilidade de comprar apartamentos e investir em imóveis.

http://www.youtube.com/watch?v=ZJK9wBlC0tY&feature=player_embedded

http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=OZM9pTp8MUo

Mesmo nos momentos em que o país atravessou as mais diversas crises, a Encol nunca deixou de lançar, de vender ou de anunciar. Durante os vários planos econômicos que se seguiram a Nova República e depois ao Governo Collor a empresa adotou por diversas vezes, estratégias agressivas e chegou a aceitar carro, telefone ou outro imóvel como parte do pagamento na aquisição de novos projetos.



“Carro, telefone ou imóvel como parte do pagamento.”
Para a Encol o importante era vender, seu sistema de negócios não podia parar.
Folha de São Paulo - maio de 1996


Reportagem da Folha de São Paulo em abril de 1990, após o Plano Collor.



Para manter vendas, a Encol “eliminou o sinal, a prestação de fechamento de contrato e as semestrais. ‘A visitação antes da nova campanha estava muito fraca. Não havia intenção de compra’, diz Dolzonan da Cunha Matos, diretor da construtora” Sem sinal, sem entrada, sem intermediárias. Anúncio da Encol no Estado de SP em dezembro de 1990.

Fundada por Pedro Paulo de Souza, um homem de origem humilde que depois de trabalhar com ambulante fundou em Goiânia uma fábrica de pisos de madeira. Em determinado momento viu sua pequena empresa crescer, transformar-se em uma construtora, expandir no Centro-Oeste e virar referência em todo Brasil. Engenheiro de formação, Pedro Paulo inovou o processo produtivo, criou linhas de montagem em seus empreendimentos. Mas errou ao administrar um império como quem cuida de uma fabriqueta de família.

O modelo de administração da Encol foi apelidado por muitos economistas como ‘bicicleta’, onde os seus novos empreendimentos financiavam os anteriores. A empresa não poderia parar de pedalar nunca. Para se manter nesta constante e continuar a vender seus apartamentos a empresa chegava a garantir a recompra do apartamento vendido, pagando inclusive os juros corrigidos.



A maior construtora do Brasil oferece a você mais uma oportunidade de fazer um grande investimento. Você compra seu apartamento em condições especiais. Depois de 12 meses se precisar vendê-lo, a Encol o compra de volta com preço corrigido pela TR mais juros reais. (Folha de São Paulo, junho de 1995)
Quando a oferta de apartamentos se mostrou maior que a capacidade do mercado em absorver novos projetos, a Encol entrou em declínio. Some-se a isto denúncias de caixa dois e uma alta inadimplência. Pedro Paulo partiu tarde demais atrás de empréstimos para salvar o seu império. O que se viu depois disso foi o pior dos cenários. Salários atrasados, falta de pagamento a fornecedores, obras paralisadas até que em março de 1999 foi decretada a falência da empresa.



Em 18 de março de 1999, a Folha de São Paulo noticiava a falência da Encol deixando 10 mil clientes sem seus apartamentos. O número se revelou quatro vezes maior.

Dentre as conseqüências e lições da quebra da Encol, a principal delas é que a partir dela, foi criada a Lei de Falências que permitiu salvar os ativos bons de uma empresa em situação parecida, minimizando assim os prejuízos dos credores. Desde então, nos novos lançamentos imobiliários, como cita a reportagem de Exame, para conceder financiamentos, os bancos exigem que as construtoras registrem cada empreendimento como uma empresa independente, com caixa próprio. Após o caso Encol, o mercado imobiliário brasileiro acusou o golpe, mas com profissionalismo voltou a crescer e a inspirar confiança.

Falar ou escrever do Caso Encol é sempre delicado, suscita o debate. Há quem veja na figura de Pedro Paulo de Souza um injustiçado, alguém que foi abandonado pelo governo. Para estes, o antigo dono da Encol escreveu Encol – O sequestro: tudo o que você não sabia onde ele se defende e conta a sua versão da história que se confunde com a história da construtora.
Para aqueles que julgam o caso como estelionato ou que se interessam pelos seus desdobramentos jurídicos, o advogado especialista em direito imobiliário Hamilton Quirino escreveu A Falência do Incorporador Imobiliário – O Caso Encol.

Hoje depois de quase 14 anos do ocorrido, mais de 6 mil famílias esperam por uma resposta ao dinheiro investido e o sonho da casa própria.

O ideal é ler ambos os livros, para chegar à mesma conclusão que a Exame, a de que outro caso Encol no Brasil, nunca mais.

Design e decoração


Pedras conferem tendência rústica a ambientes compondo objetos decorativos

CorreioWeb - Lugar Certo
Publicação: 30/01/2012 11:10 Atualização: 30/01/2012 11:20
Altura: 19 cm / Largura: 30 cm / Profundidade: 30 cm / Peso: 6 quilos (Divulgação)
Altura: 19 cm / Largura: 30 cm / Profundidade: 30 cm / Peso: 6 quilos
Comuns para adornar paredes e pisos, as pedras aparecem agora também nos objetos decorativos, dando um toque naturalista aos espaços. A K3 Imports (www.k3imports.com.br) apresenta a Lareira Kos. O diferencial é a presença de pedras cerâmicas brancas em contraste com um suporte preto.

A peça, de instalação simples, conta com acabamento em pintura eletrostática e aquece uma área de até 5m². Ecológica, a lareira é abastecida com etanol, evitando a propagação de gases tóxicos e fumaça. Além de aquecer nos dias mais frios, a Lareira Kos é uma peça decorativa que compõe os ambientes, seja qual for a estação do ano. 

Fundada em 2009, a K3 Imports é uma empresa importadora dedicada a apresentar ao mercado brasileiro as novidades do mercado internacional na área de casa e decoração, atendendo a demanda do consumidor brasileiro que pretende seguir as novas tendências e usufruir de novos produtos e tecnologias.

Design e decoração


A chita é popQuando misturado a outros elementos, esse tecido colorido e de baixo custo pode transformar um ambiente - do mais despojado ao mais sofisticado


Maria Júlia Lledó - Correio Braziliense
Publicação: 30/01/2012 10:43 Atualização:

Móveis contemporâneos e sessentinhas  ganham descontração com  manta de chita, no ambiente assinado por Stella Lopes (Carlos Vieira/CB/D.A. Press)
Móveis contemporâneos e sessentinhas ganham descontração com manta de chita, no ambiente assinado por Stella Lopes
Mesmo que desvalorizada pelo baixo custo, a chita desafia tecidos mais nobres para ressurgir como tendência. Importada da Índia, a chita chegou ao Brasil durante a colonização portuguesa e logo caiu no gosto dos brasileiros. Ao ser produzido no país, o tecido de algodão com estampas de cores fortes — predominantemente florais — teve o custo reduzido e se popularizou. Defensor da cultura nacional, o arquiteto Marcelo Rosenbaum desenvolveu uma linha de louças inspirada na chita. “Se a cultura popular tivesse um sudário, seria a chita. Tecido ordinário, de algodão, estampado, colorido, traz impresso o jeito simples de viver do Brasil. Dizem que veio das Índias, mas seu RG é bem brasileiro”, destacou o arquiteto na época da apresentação do produto, em 2008.

Mais recentemente, o estilista mineiro Victor Dzenk fez uma releitura do tecido. A novidade foi apresentada na última edição de inverno do Fashion Business 2012, no Rio de Janeiro, onde Dzenk lançou a coleção Chita is back — uma exaltação à cultura brasileira, como o próprio autor definiu. Em paralelo, Victor deu à chita a oportunidade de brilhar na decoração. Em parceria com a empresa moveleira Líder Interiores, estampas exclusivas, desenhadas pelo estilista, forraram poltronas da grife.

Seja em almofadas, cadeiras de plástico — sucesso na Feira da Torre —, molduras de quadro, passadeiras de mesa, sofás, flores, mantas,cortinas ou simplesmente motivo de arte na parede, a chita confere descontração e regionalidade ao lar se usada de forma harmoniosa. “Por exemplo, na varanda de um local mais despojado, esse tecido é uma ótima opção. Também já usei a imagem da estampa da chita ampliada e impressa numa película adesiva na parede. Ficou bem legal”, exalta a designer de interiores Ângela Borsoi.

Ambiente de Stella Lopes: detalhe de máscara forrada com tecido de chita
Ambiente de Stella Lopes: detalhe de máscara forrada com tecido de chita
Designer e artista plástica, Stella Lopes também não dispensa um retalho de chita na decoração. De preferência misturado a elementos contemporâneos ou móveis dos anos 1960, seus favoritos. A designer torce o nariz para quem ainda se limita a colocar a chita em ambientes externos. “Acho que combina com quarto de casal (manta sobre a cama), com sala de estar, onde gosto de colocar almofadas. Chego a misturar móvel estilo Luís 15 com chita. Até porque acredito que a gente pode viver o tempo todo de sandália de borracha”, brinca, referindo-se ao estilo irreverente do tecido, combinado ao comportamento da designer carioca.

Só não vale espalhar objetos forrados pelo tecido por todos os lados. “O colorido e as flores da estampa podem cansar ao longo do tempo”, alerta Ângela Borsoi. No mais, com pouco dinheiro, é possível escolher uma bela estampa e conferir ao lar uma brejeirice made in Brazil.

Alugueis


Especialistas afirmam que ainda vale a pena comprar imóveis para fins locatícios


CorreioWeb - Lugar Certo
Publicação: 23/02/2012 10:09 Atualização:



De acordo com levantamento realizado pelo Conselho Federal de Corretores de Imóveis (Cofeci), os aluguéis no Brasil vêm caindo. Porém, é preciso ter atenção com a informação. O presidente do Cofeci, João Teodoro da Silva, esclarece que os inquilinos não estão pagando menos, mas sim que os proprietários, atualmente, têm menor rentabilidade que antes. Segundo o estudo, nos últimos cinco anos, o retorno mensal médio da locação era de cerca de 0,65% do valor do imóvel, contra aproximadamente 0,5% hoje, com casos em que a rentabilidade não passa de 0,3%. No entanto, o economista Roberto Piscitelli adianta que, ainda assim, é lucrativo colocar o imóvel para alugar. Afinal, além do recebimento do valor do aluguel, existe a supervalorização do preço de venda da propriedade.

O presidente do Conselho Regional de Corretores de Imóveis do Distrito Federal (Creci-DF), Hermes Rodrigues de Alcântara Filho, conta que a situação da capital não é diferente do resto do Brasil. “Como os imóveis subiram muito, está havendo um realinhamento de preço dos aluguéis”, esclarece. “Os novos contratos estão subindo para acompanhar a valorização. Ou seja, não é que o preço do aluguel caiu, ele continua subindo, mas não acompanha a valorização do próprio imóvel, porque esta é muito maior”, explica. “Por isso consideremos que, na realidade, ele diminuiu”, complementa João Teodoro (Cofeci).

Assim como Piscitelli, Hermes garante que continua sendo um ótimo investimento comprar imóvel para aluguel. “Além do ganho com o aluguel, ainda tem a supervalorização do preço do imóvel caso ele queira vendê-lo mais tarde”, destaca o presidente do Creci-DF. Outra qualidade de alugar a propriedade para um inquilino é poder transferir a maior parte das despesas – impostos, manutenção, segurança – para os locatários. “Manter imóveis fechados é caro”, alerta Piscitelli.

O economista chama atenção para a especulação em relação ao preço dos imóveis. “Em várias situações as cotações são artificiais”, avisa. Por outro lado, como explica, é preciso levar em conta que nem sempre os valores anunciados ou pedidos são os mesmos das transações efetivamente realizadas. “Ultimamente, as pessoas estão investindo em imóveis mais em função das expectativas que se formam em torno de sua possível valorização, isto é, do ganho de capital que pode advir de sua negociação”, observa.

Piscitelli destaca que, nos últimos anos, deu-se uma significativa expansão do crédito destinado à construção e aquisição de imóveis. “É uma das modalidades que mais crescem, no Brasil, onde a participação ainda é modesta quando comparada, por exemplo, com os Estados Unidos”, completa. “Muita gente poderá enfrentar dificuldades com os financiamentos a longo prazo e baixa liquidez desses ativos”, avalia. O economista nota que alugar imóveis era uma alternativa mais procurada quando a inflação era elevada e as opções no mercado financeiro mais reduzidas. “O valor do aluguel, hoje em dia, é mais estável ao longo de períodos anuais. Por outro lado, o estoque de imóveis vem se elevando e com a melhoria dos indicadores de trabalho e renda mais gente tende a trocar o aluguel pela propriedade”, pondera.

Os aluguéis sempre foram baseados em percentual em relação ao preço de comercialização. Nos últimos anos, isso mudou porque o valor locatício não consegue acompanhar percentualmente a acelerada alta do valor de venda dos imóveis. “Os preços imobiliários subiram muito nos últimos tempos. É impossível o preço da locação acompanhá-lo. Talvez, futuramente, até se recupere, mas no momento não há condições para isso”, analisa o presidente do Cofeci.

sábado, 25 de fevereiro de 2012

Minha Casa, minha Vida

CORREIO BRAZILIENSE • CIDADES • 24/2/2012

Lote caro dificulta casa popular

O elevado custo da terra é o maior obstáculo para o avanço do programa federal de acesso à moradia no Distrito Federal. O governo local tenta reverter a situação por meio do Morar Bem, que subsidia a compra de áreas pelas construtoras

Samambaia é uma das cidades que dispõem de unidades residenciais dentro do limite de R$ 170 mil exigido pelo programa Minha Casa, Minha Vida



A moradia popular não deslanchou no Distrito Federal. Passados mais de dois anos desde o lançamento do Minha Casa, Minha Vida — a iniciativa do governo federal com o objetivo de universalizar o acesso à casa própria —, é irrisória a quantidade de imóveis disponíveis para a venda que se encaixam no valor máximo estabelecido pelo programa, que é R$ 170 mil. As poucas unidades que correspondem a esse perfil estão em empreendimentos em Samambaia, Ceilândia e Santa Maria. Mas é preciso pesquisar para encontrar um apartamento ou casa que obedeça ao critério. Empresários da construção civil e o Governo do Distrito Federal (GDF) atribuem a distorção ao elevado preço dos terrenos e da infraestrutura. A expectativa é que o Morar Bem, programa do GDF que subsidia a terra para construir, ajude a reverter a situação.

O Minha Casa, Minha Vida enfrenta no DF problema semelhante ao que ocorre no Rio de Janeiro e em São Paulo, regiões metropolitanas onde os preços do setor imobiliário também são elevados. Para acompanhar esses mercados, a Caixa Econômica Federal (CEF), gestora financeira do programa, estabeleceu tetos de valor de imóvel diferentes de todo o resto do país nas três capitais, por ocasião do lançamento em 2011 do Minha Casa, Minha Vida 2, segunda etapa do pacote de facilidades (veja Quadro).

Representantes do mercado do Distrito Federal atribuem a dificuldade de o DF se enquadrar no programa principalmente aos valores elevado dos terrenos. De acordo com Júlio César Peres, presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil do DF (Sinduscon-DF), na capital federal, a terra representa de 24% a 30% do custo de um empreendimento. Na avaliação dele, para um bom custo-benefício o percentual não deveria exceder 10%. “Como tem uma extensão territorial curta, a unidade vale muito. Não dá (para fazer empreendimento do Minha Casa, Minha Vida), pois não fecha a conta”, comenta.

Adalberto Valadão, presidente da Associação dos Dirigentes de Mercado Imobiliário do DF (Ademi-DF), corrobora a avaliação de Peres. “De fato, o encaixe em Brasília não é fácil. Até hoje, não se tem quase nada desse programa aqui”, comenta.

Limite

Apesar das dificuldades, há quem tente oferecer unidades que se enquadrem nos critérios do programa. Eduardo Aroeira Almeida é sócio-diretor de uma construtora especializada no segmento popular que, atualmente, possui apartamentos custando entre R$ 165 mil e

R$ 167 mil nas cidades de Samambaia e Ceilândia.

O empresário considera o Minha Casa, Minha Vida positivo, mas admite que é difícil mantê-lo ativo no DF. “A gente está trabalhando com o programa desde 2008 e temos uma experiência muito boa. Pela primeira vez, conseguimos vender imóveis para os nossos funcionários. Mas essa possibilidade está encolhendo cada vez mais”, lamenta. Segundo ele, além dos terrenos, a mão de obra é mais cara em Brasília e região. “A gente tenta segurar os preços nas faixas, mas estão quase nos limites. Quando o imóvel sai do enquadramento aceitável, o comprador paga juros maiores e não tem subsídio”, comenta.

O Morar Bem, programa habitacional do GDF lançado no final de 2011, nasceu com a promessa de fazer valer o Minha Casa, Minha Vida em Brasília e região. Por meio da doação de terras públicas, a iniciativa reduz o valor dos imóveis. O projeto representa um alinhamento da gestão do petista Agnelo Queiroz com a política da presidenta Dilma Rousseff. “Na gestão passada não houve decisão do GDF a favor do Minha Casa, Minha Vida. Isso só foi feito com a chegada do PT ao governo”, resume o secretário de Desenvolvimento Urbano e Habitação, Geraldo Magela.

O Morar Bem lançou editais para construção de 16,5 mil imóveis no ano passado. Ontem, a secretaria divulgou novo processo licitatório no Diário Oficial do Distrito Federal (DODF), prevendo a construção de mais 5 mil unidades. “Vamos acelerar as construções. É provável que já comecemos a entregar imóveis este ano”, previu Geraldo Magela.

Fique atento

Conheça os programas habitacionais disponíveis para quem mora no Distrito Federal

Minha Casa, Minha Vida

» É administrado pelo Ministério das Cidades e a Caixa Econômica Federal é seu agente financeiro. Mais informações sobre o programa no site www.cidades.gov.br.

» Toda família com renda bruta de até R$ 5 mil pode participar, desde que não possua casa própria ou financiamento. Famílias com renda de até R$ 1,6 mil ganham acesso a subsídios e a melhores condições de pagamento. O desconto para quem se enquadra nessa faixa de ganho é de até R$ 23 mil.

» Para Distrito Federal, Rio de Janeiro e São Paulo, o valor máximo do imóvel que pode ser comprado por meio do programa é R$ 170 mil. Para as demais capitais do país é R$ 150 mil. No caso de municípios com mais de 250 mil habitantes é R$ 130 mil, e aqueles que têm mais de 50 mil moradores trabalham com um teto de R$ 100 mil. Nas cidades menores, o preço limite é R$ 80 mil.

Morar Bem

» É um programa do Governo do Distrito Federal (GDF) destinado a universalizar o acesso à moradia. O governo local destina terrenos de sua propriedade para empreendimentos populares e escolhe, por meio de licitação, a construtora que fará as moradias.

» Só pode participar quem já se inscreveu no novo cadastro da Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação do DF (Sedhab). Atualmente a lista está fechada, mas está prevista a abertura de uma segunda chamada entre maio e junho. Para se registrar é preciso morar há pelo menos cinco anos no DF e ganhar até 12 salários mínimos.

» Os imóveis do Morar Bem devem custar entre R$ 57 mil e R$ 145 mil. É possível comprá-los por meio do Minha Casa, Minha Vida caso o candidato se enquadre nos critérios do programa do Governo Federal.

» Mais informações sobre o Morar

Bem estão disponíveis no site www.sedhab.df.gov.br

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...